sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Morador do Bairro Eldorado é condenado a mais de dez anos de prisão

Em janeiro do ano passado, ele tentou matar a enteada

O fórum de Piraju sediou ontem, 30, o julgamento de Natalino Almeida Leite, 33. No dia 29 de janeiro de 2013, ele tentou matar a própria enteada com golpes de faca e tijolo. Sulamita Cristina Souza, 26, foi socorrida por vizinhos, que conseguiram afugentar o agressor.

ARGUMENTO - A defesa ainda tentou convencer o júri alegando que o réu (foto) não
possui pleno domínio das faculdades intelectuais

O crime aconteceu na Rua Antonio Barreto do Nascimento, Bairro Eldorado. Os dois moravam na mesma rua, porém em casas distintas. De acordo com o que foi apurado, no dia do crime, a energia elétrica da casa de Natalino foi suspensa por falta de pagamento. Indignado, ele procurou Sulamita, “acusando-a de ser a responsável pelos seus problemas, tendo proferido diversas ofensas contra a vítima, que estava em sua casa”.

Ainda segundo as investigações, o padrasto agrediu a vítima com uma tapa no rosto e depois a jogou no chão. Logo na sequência, ele foi até sua casa, pegou uma faca e voltou até o endereço da enteada. “[...] após confirmar que a vítima havia chamado a polícia, sacou de forma inesperada a faca que estava na parte de trás de sua cintura e passou a desferir diversos golpes de faca contra a vítima”.

Intencionado a matar a enteada, ele “[...] foi até uma pilha de tijolos, tendo atirado diversos tijolos na ofendida, vindo a atingi-la em diversas partes do corpo, inclusive na cabeça, nuca e face”. As agressões imprimiram várias lesões na vítima.

O homicídio só não foi concretizado graças à intervenção de vizinhos. Depois das agressões, Natalino fugiu. Ele foi encontrado no mesmo dia pela Polícia Militar.

Preso há mais de um ano e meio, o padrasto foi condenado a dez anos e seis meses de prisão em regime fechado por tentativa de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima). Depois do julgamento, ele retornou ao Centro de Detenção Provisória de Cerqueira César.

A defesa ainda não sabe se recorrerá da sentença.

Apesar do trauma, Sulamita conseguiu superar as lesões. Ela atualmente reside e trabalha em outro município.

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