terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Moradores do Ovídio Tucunduva podem perder imóvel, informa agente da CDHU

Mutuários devem procurar a companhia para tentar reverter a situação

419h14

O agente municipal da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), Nelson Aparecido Brisolla concedeu entrevista ao blog Expresso Piraju para comentar a situação de mais de 40 mutuários do Conjunto Ovídio Rodrigues Tucunduva Júnior que estão sujeitos a perder o imóvel.

Nelson Aparecido Brisolla, agente municipal da CDHU (FOTO: Expresso Piraju)

Segundo Brisolla, os moradores desrespeitaram o contrato celebrado com a companhia, que proíbe, entre outras coisas, a locação do imóvel.

Entregue em 2010, o conjunto conta com 299 moradias. No passado, a comercialização de casas foi tema de inúmeras matérias na imprensa. Em meados de 2011, até uma funcionária pública foi acusada de intermediar as vendas.

Confira abaixo a transcrição dos principais trechos da entrevista. Na oportunidade, Brisolla foi questionado sobre outros assuntos.

Expresso Piraju – As situações apuradas pela CDHU podem resultar na suspensão do bônus previsto na prestação das casas?

Brisolla – Todos sabem que a CDHU está promovendo uma fiscalização em todo o Estado. Essa fiscalização é efetuada para verificação de irregularidades durante o financiamento no descumprimento das cláusulas contratuais (como não ceder, não emprestar e não vender). Os mutuários correm o risco de perder o bônus que a CDHU concede na prestação.

EP – Há como o mutuário recuperar o subsídio?

Brisolla – Tem que procurar a CDHU. Os mutuários tem que fazer uma justificativa para explicar por que não estão residindo no imóvel. O documento pode ser redigido de próprio punho. Nos casos de venda, nós ajudamos na transferência de titularidade para a pessoa que comprou a casa, desde que atenda o perfil da CDHU.

EP – É possível que novas irregularidades contratuais sejam descobertas?

Brisolla – Sim, é possível. Quero deixar bem claro que a fiscalização não é feita pela prefeitura e muito menos solicitada pelo prefeito. Tudo é feito pelo Estado. Eles vêm, não marcam o dia nem a hora, e percorrem as casas fazendo o levantamento.

EP – Dois casos de deslizamento de terra foram registrados no início desse mês no Ovídio. A companhia está acompanhando esses casos?

Brisolla – Esses casos estão sendo apurados. Inclusive a Defesa Civil já enviou um laudo técnico à CDHU. Isso tudo está em análise. O que está sendo pleiteado é a seguradora estar contratando uma empresa para efetuar a construção de muro de arrimo.

EP – O que deve ser feito quando o mutuário falece?

Brisolla – O contrato da CDHU prevê um seguro. Se o mutuário falecer, a família tem que procurar a companhia para que um processo seja aberto e encaminhado à CDHU de Bauru. A comunicação do óbito tem que ser feita em até 12 meses.

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