quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Consagrada no passado, Banda Municipal de Piraju passa por momentos difíceis

Prefeitura admite situação e diz que pretende resolver o problema ao longo do ano

O diretor do Departamento de Indústria, Comércio e Turismo, Antonio Augusto Porto, concedeu entrevista à rádio Eduvale FM para comentar as reclamações veiculadas pela emissora a respeito da Banda Municipal Valência Ferreira de Campos.

No detalhe, prédio usado pelos músicos tomado de mato (à esq.) e alguns dos instrumentos
utilizados pela banda. A foto interna do imóvel só foi possível porque há um buraco numa
das janelas (FOTO: Expresso Piraju) 

Porto participou ao vivo do Jornal Regional acompanhado do maestro atual da banda, Luis Fernando Francisquete. Os dois ouviram atentamente a queixa de Leandro Alves de Brito, componente do grupo há mais de dez anos. O músico procurou a rádio para elencar diversos pontos que estão prejudicando os ensaios e as apresentações da banda.

Segundo Brito, as promessas feitas pela atual administração ainda não se cumpriram, a começar pela cessão de transporte aos componentes. Outra situação que está prejudicando o dia a dia da banda diz respeito ao estado de conservação dos instrumentos e a falta de uniforme.

Além disso, o local onde os músicos ensaiam – num prédio do Centro de Convenções Pref. Cláudio Dardes (FECAPI) – não oferece condições adequadas para receber os integrantes.

Em resposta, Porto disse que a prefeitura reconhece as deficiências apontadas pelo componente. Ele espera que, ao longo do ano, a administração possa resolver cada um dos problemas. “O prefeito já acenou e nós vamos fazer as adequações. Eu estou dependendo dos orçamentos que nós estamos fazendo. A partir de agora nós já estamos partindo pra cima disso aí”, afirma. O diretor falou ainda que a prefeitura intenciona comprar novos instrumentos e instalar ventiladores no prédio.

O maestro Francisquete disse que, independente das dificuldades enfrentadas pela banda, as aulas de música voltarão a ocorrer nos próximos dias. As atividades, porém, só terão quórum com a garantia do transporte, uma vez que os mais de vinte músicos que atualmente fazem parte da banda residem em bairros afastados da FECAPI.

Sobre o transporte, Porto relatou que a prefeitura está estudando uma forma de atender os músicos sem incorrer em ilegalidade, já que, em função de imposições recentes, veículos da Saúde e da Educação não podem ser desviados das funções para as quais foram adquiridos.

Ciente de que a banda carrega uma histórica repleta de prestígio e conquista, Francisquete espera recuperar a fase áurea do grupo. Para tanto, ele conta com a sensibilidade da atual administração em oferecer melhores condições de  trabalho aos músicos.

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