segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Ação integrada deve fortalecer combate ao Aedes aegyti

Resistência de proprietários em liberar a entrada de agentes está com os dias contados

O chefe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Ricardo Nunes Fernandes, planeja constituir uma força-tarefa para combater o mosquito aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika vírus. A informação foi divulgada pelo semanário Folha de Piraju.

Fachada do Centro de Controle de Zoonoses (ARQUIVO: Expresso Piraju)

Segundo o responsável, desde o primeiro dia do mês, as inspeções realizadas pelos agentes do órgão estão mais rigorosas. Nos casos reincidentes, isto é, nos imóveis onde já foram encontrados recipientes favoráveis à proliferação do mosquito, o CCZ já está aplicando multa.

De acordo com Nunes, a equipe de agentes constatou que, no munícipio, os potenciais criadouros do mosquito são vasos de plantas, pneus e latas, e que esses materiais geralmente são encontrados em quintais e terrenos baldios.

A exemplo de outros municípios, Piraju deverá contar com uma sala de situação, destinada à organização e execução de ações pautadas estrategicamente no combate ao mosquito. A medida está prevista no Plano de Contingência Nacional para Epidemias de Dengue. Segundo o chefe, os trabalhos devem envolver a Vigilância Sanitária, Programa Saúde da Família, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

Somado a isso, o CCZ espera superar as dificuldades enfrentadas no trabalho de campo, a começar pelas inspeções casa a casa. A Medida Provisória nº 712/2016, publicada no início do mês pela presidente Dilma Rousseff (PT), garante, entre outras coisas, o ingresso forçado de agentes nos imóveis fechados. A entrada, porém, só será feita após a constatação de que a visita “é essencial para contenção das doenças”.

Nos meses de julho e outubro de 2015, o CCZ vistoriou 1.032 casas. Dessas, 653 estavam fechadas. Além disso, outras 15 residências não foram visitadas porque os proprietários se recusaram a franquear a entrada dos agentes.

SUSPEITA

Ainda de acordo com o semanário, uma moradora de Piraju deu entrada no pronto-socorro no final do mês passado com suspeita de zika e chikungunya. A avaliação da sorologia da paciente deve ser concluída nas próximas duas semanas pelo Instituto Adolf Lutz, de Sorocaba. 

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