A família de Maria
do Rosário da Cunha, 74, acusa o pronto-socorro de Piraju de não ter prestado
atendimento adequado à idosa.
Maria do Rosário da Cunha tinha morava na Vila Tibiriçá FOTO: Arquivo pessoal |
No dia 28 de
fevereiro, Maria sofreu um AVC em sua residência e foi levada às pressas por familiares
até a unidade de emergência. A família alega que fez uso de um carro particular
porque houve demora por parte do 192.
Ao dar entrada no
pronto-socorro, Maria do Rosário foi medicada. Segundo a filha da idosa, Eva Maria
da Cunha, o médico agiu de forma grosseira com a paciente. “Onde que se viu o
médico apontar o dedo na cara de uma senhora de 74 anos e falar que não era o
momento dela estar gritando? A minha mãe já estava com AVC, já tinha estourado
a veia da cabeça dela. Ela tinha pressão alta”, relata.
Por conta da
gravidade do caso, Maria do Rosário foi transferida para Avaré e logo na
sequência para Botucatu. Eva afirma que a equipe médica de Botucatu informou à
família que o pronto-socorro de Piraju falhou ao não ter prestado atendimento
compatível com o quadro da paciente.
“Se eles tivessem
entubado a minha mãe no momento que ela chegou, e não apontado o dedo na cara
dela, a minha mãe estaria viva e não estaria dentro de um túmulo”, diz.
A família também
afirma que foi impedida de ficar com a paciente durante o atendimento, o que
acabou gerando um desentendimento com o porteiro da unidade.
Eva questiona a
transferência de sua mãe para Avaré. Para ela, a medida foi uma forma
encontrada pelo pronto-socorro para se eximir de qualquer responsabilidade em
relação à paciente. “A demora foi aqui. Sempre é a desculpa deles. Quando eles
vêm que o caldo vai sobrar pra eles, eles transferem”, afirma.
Alexandre
Guilherme dos Santos é genro de Maria do Rosário. Ele acompanhou toda a
situação. Indignado com o ocorrido, Alexandre diz que espera das autoridades. “Queremos
mais assistência para a população. Nós somos reses humanos, de carne e osso. Nós
não somos animais.
Maria do Rosário
faleceu três dias após dar entrada no pronto-socorro de Piraju. Ela morreu em Botucatu,
onde foi submetida a duas cirurgias.
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