Comitê discute medidas para evitar aglomeração em Piraju

Membro defende entrada limitada de clientes em supermercados

O acúmulo de pessoas em bancos, casas lotéricas, correspondentes bancários e supermercados foi o principal assunto tratado na reunião de ontem, 9, do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus em Piraju.

FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju

Preocupado com a situação, principalmente com o que está ocorrendo nos supermercados, o diretor-clínico da Sociedade de Beneficência, Reinaldo Barcalla, disse que irá oferecer denúncia ao Ministério Público.

Ele considera imprescindível que os estabelecimentos limitem a entrada de clientes e que os funcionários usem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Outra medida apresentada no encontro consiste na criação de barreiras de distanciamento durante o atendimento e o afastamento de colaboradores inseridos no grupo de risco.

Barcalla justificou a adoção das medidas com um argumento recorrente em sua fala: a rede pública de saúde de Piraju não tem estrutura para lidar com o avanço da pandemia de coronavírus.

A título de exemplo, o hospital possui apenas três respiradores e apenas 70 leitos. Detalhe: a unidade é referência para os municípios de Sarutaiá e Tejupá. Juntos, os municípios somam mais de 40 mil habitantes.

Estudos recentes sobre a transmissibilidade da doença mostram que é necessária uma soma de medidas para desacelerar ou impedir a disseminação do vírus. Os esforços passam obrigatoriamente pela quarentena, distanciamento social e medidas preventivas de vigilância.

Sem isso, apontam os cientistas, as unidades de saúde ficarão ainda mais sobrecarregadas. De acordo com o Instituto Butantan, mesmo com as ações restritivas, 50% dos leitos de UTI do Estado de São Paulo já estão ocupados.