sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Falta de dinheiro cancela desfile das escolas de samba


09/12/2011 - 17h36

O presidente da Associação das Escolas de Samba de Piraju (AESP), Carlinhos Prado, que também preside a agremiação Unidos do Bairro, confirmou que não haverá desfile das escolas em 2012. Segundo ele, a prefeitura não tem condições de antecipar o repasse financeiro antes do dia 10 de fevereiro, isto é, a nove dias antes do desfile.

Para suprir a ausência das escolas, a administração pretende apoiar os blocos e manter o carnaval popular no recinto da Fecapi-Faipi.

A notícia caiu como uma bomba no colo de Carlinhos. Ele disse à reportagem que sua escola estava há meses se preparando para o desfile. Mais da metade das fantasias e dos carros está pronta. Agora, o resultado de meses de intenso trabalho deve ser apresentado em outras cidades.

No entanto, o carnavalesco afirmou que a agremiação pode sim sair em Piraju, desde que a administração efetue o repasse apenas para arrematar o trabalho.

DO OUTRO LADO

Questionado sobre o assunto, o prefeito Francisco Rodrigues disse que, em conversa com o diretor do Departamento de Orçamento e Finanças, Fernando Aquino, a destinação de recursos para as escolas iria penalizar algumas áreas prioritárias da administração, como o estoque de remédios no dispensário municipal.

OUTRAS ESCOLAS

Tanto a presidente da Juventude Alegre, Elianinha Carneiro, quanto a da Estação Primeira, a popular Baiana, não se mostraram hostis à notícia da prefeitura. Ambas demonstram compreensão diante do quadro financeiro apresentado pelo Executivo.

“Foi uma das coisas mais sensatas que o prefeito fez”, disse Baiana. Para ela, a prefeitura deve apostar em outras alternativas para não aumentar o êxodo dos pirajuenses a cidades que conseguiram alavancar o carnaval. Um exemplo é Águas de Santa Bárbara, que há anos vem arrebanhando público dos quatros da nossa região.

Elianinha, por sua vez, considerou “inviável” a preparação do desfile a pouco mais de uma semana antes do desfile.

Ao contrário da Unidos do Bairro Alto, as duas escolas deixaram bem claro que ainda dependem integralmente da ajuda da prefeitura. Para alguns leitores, a Leão do Morro deveria ser reconhecida por primar pela autonomia em relação aos recursos municipais.

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