Ato foi organizado pelo Movimento
Povo na Rua
DIEGO DOS
REIS
Cerca de 150 pessoas saíram às ruas de Piraju na tarde de ontem,
24, para manifestar contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Os participantes
realizaram uma passeata da Praça Ataliba Leonel até a Avenida Dr. Domingos
Teodoro Gallo.
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| FOTO: Diego dos Reis |
Os manifestantes cantaram marchinhas com forte teor crítico contra
o presidente, associando Bolsonaro a esquemas de corrupção e envolvimento com
milícias. Muitos cartazes foram confeccionados para traduzir a revolta com o
principal mandatário do país.
Andrea Leão, uma das organizadoras do evento, destacou a falta
de políticas para garantir renda à população afetada pela pandemia. “Estamos
nas ruas pelo desemprego, pela fome. A extrema pobreza no Brasil continua a
crescer, e o auxílio, cedido pelo governo para uma minoria, não acompanha os
preços exorbitantes dos gêneros de primeira necessidade”, afirma.
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| FOTO: Diego dos Reis |
A vacinação contra a Covid-19 também foi lembrada pelos
manifestantes. O assunto foi tratado pelo médico Fernando Spínola. “Como que a
gente pode ter um presidente desse que nega que a vacina seria uma defesa da
população. Hoje está demonstrado que a vacinação está conquistando saúde para
nossa população. Os casos desta pandemia diminuíram muito com a vacinação”,
diz.
O sindicalista Marcelo Negrão citou as apurações da CPI da Covid,
instalada no Senado para investigar as razões que levaram o Brasil a ser um dos
principais focos de proliferação do novo coronavírus em todo o mundo. “Com a
CPI nós descobrimos que não era só negacionismo. É negociata nos restaurantes de
Brasília, no gabinete do ódio e no gabinete paralelo”, denuncia.
O cineasta Guilherme Pansanato denunciou o tratamento dado pelo
governo federal à questão indígena. “A maior contribuição que a gente pode dar
aos os povos indígenas hoje é divulgar que os povos indígenas estão travando
hoje. Tem várias questões. O marco temporal é uma delas. As terras indígenas que
foram demarcadas antes da Constituição de 88 são demarcadas. Agora, as que são depois
não vão ser demarcadas. Isso é um problema muito grande. O Brasil deixou de
demarcar muitos territórios. Algo que está na lei. Inclusive outros países
elogiam a Constituição Brasileira por reconhecer seus povos indígenas. Só que na
prática é outra história”, revela.
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| FOTO: Diego dos Reis |
A empresária Mila Bérgamo questionou a ausência de plano de
governo por parte do presidente da República. Ela também citou o envolvimento
de Bolsonaro com organizações criminosas. “Uma pessoa envolvida com milícia. Uma
pessoa que não tem plano de governo. E o pessoal não foi ver isso. Como eleger
um candidato que não tem plano de governo? Não podemos”, indaga.
Organizado pelo Movimento Povo na Rua, com apoio de entidades de
classe, associações e partidos políticos, o ato ocorreu de forma pacífica. A
Polícia Militar e funcionários do Setor de Trânsito e Fiscalização acompanharam
o evento.
Durante a manifestação, o grupo arrecadou doações para famílias
carentes do município, repetindo a campanha realizada no dia 3 desse mês,
quando o movimento homenageou as vítimas da pandemia no coreto da Praça Ataliba
Leonel.
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| FOTO: Diego dos Reis |
