Joaquim rompe silêncio para dizer que não agrediu o aluno. Joaquim quer entender como o caso foi noticiado num tempo tão rápido. |
No final de setembro, o professor
Joaquim Soares da Silva Neto discutiu com um aluno na Escola Estadual “Mônica
Bernabé Garrote”, localizada no Conjunto Habitacional José Maria Arbex (Teto
2). O caso ganhou repercussão regional.
Na ocasião, o estudante foi
repreendido pelo docente por estar manipulando um frasco de desodorante durante
a aula. Como a atitude do jovem estava atrapalhando a classe, o professor
decidiu intervir. A escolha resultou em conflito.
Segundo informações prestadas pelo
aluno à conselheira tutelar Vera Albanezi, o professor foi violento. Um dia
depois do ocorrido, Albanezi foi entrevistada pela rádio Eduvale FM para contar
o que ouvira do estudante. “O aluno alega que o professor deu dois murros no
peito dele”, disse.
A suposta agressão teve vários
desdobramentos. Joaquim, que está afastado das funções de professor, foi alvo
de uma sindicância na Diretoria de Ensino. Segundo ele, a investigação não
conseguiu comprovar o teor das denúncias.
Três meses depois do episódio,
Joaquim resolveu dar publicidade à sua versão sobre os fatos. O professor
afirma que jamais agrediu o aluno. Entretanto, ele reconhece que não deixou de
ser enérgico em virtude da indisciplina do aluno. “Eu não sou nenhum santo”,
relata.
É importante dizer que, em
depoimento ao Conselho Tutelar, o jovem confessou que estava brincando com o
desodorante durante a aula. “Eles estavam inclusive colocando fogo naquele jato
do desodorante”, disse a conselheira.
Joaquim conta ainda que a família
do estudante nunca participou das reuniões com a diretoria da escola. Segundo
ele, várias situações envolvendo desvios de conduta por parte do aluno foram
contabilizadas pela unidade sem que os pais demonstrassem interesse.
Por fim, o professor diz que até
hoje não entende como a imprensa televisiva ficou sabendo do caso num tempo tão
rápido. Joaquim acredita que possivelmente haja perseguição contra a sua pessoa
na cidade, sobretudo em razão do seu trabalho à frente da APEOESP.
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