21/01/2012 – 13h37
SUOR DA CRENÇA -
Zé Leal (centro) durante apresentação no centro da cidade |
Com mais de 80 anos de existência, o Grupo de Moçambique de
Piraju enfrenta barreiras para manter viva sua tradição. De acordo com o
principal representante do grupo, José Antonio Rodrigues, o popular Zé Leal, o
desafio é incentivar a participação dos mais novos.
Em razão da falta de apoio financeiro, a mais antiga
manifestação cultural do município não consegue atrair crianças. Rodrigues
acredita que os organizadores de eventos culturais não devem bancar somente a
parte de alimentação. “Não é só o que beber ou comer, entendeu?”, afirma. “Aqui
de dentro, ninguém ajuda, ninguém fala, ninguém dá incentivo.”
Ontem, 20, os dançarinos se apresentaram na Pça. Ataliba
Leonel. Dos mais de 20 componentes, menos da metade esteve presente no evento,
que marcou o aniversário de 151 anos da festa do padroeiro de Piraju, São
Sebastião.
Questionado sobre o desfalque, Zé Leal disse alguns
integrantes não são responsáveis. “Têm pessoas que prometem que vão fazer
alguma coisa, mas têm pessoas que não fazem, né? Então, a gente fica
esquecido”, lamenta.
Quem tiver interesse em ajudar o grupo pode entrar em
contato com Zé Leal no seguinte endereço: Pça. Custódio José Gonçalves, 23,
Conjunto Augusto Morini (Teto 1). Telefone: (14) 3351-4014.
Um comentário:
O Moçambique de São Sebastião do Tijuco Preto é patrimônio cultural e imaterial de Piraju reconhecido por Lei. Ao nosso ver, o Moçambique de Piraju precisa urgentemente de um projeto cultural para evitar a sua extinção e assegurar a inserção das crianças e jovens, filhos e netos dos primeiros mestres e contra-mestres. O diretor de Cultura, Paulo Vigu, com certeza, deve ter em mente um projeto para REVITALIZAR esta antiga e poderosa manifestação cultural do nosso povo. Isto precisa ser feito antes que tudo seja apenas uma lembrança em nossas mentes.
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