Segundo informações, mais de
50 estudantes precisam do serviço
12/02/2012 – 09h42
ZANATA - Para ele, incorporação dos alunos da faculdade na APEI é a solução mais interessante no momento |
Duas alunas do 2º ano do curso de Administração da Faculdade
Corporativa CESPI (FACESPI) procuraram na última sexta-feira, 10, a rádio
Eduvale FM para anunciar que estão sem transporte. As estudantes, que pediram
para não se identificar, estão preocupadas.
Em entrevista, uma delas disse que recebera a informação de
que a diretoria da faculdade suspendeu o transporte – que até 2011 era
oferecido apenas a título de “cortesia” aos alunos – por entender que a
instituição precisa investir na ampliação do acervo bibliográfico. Para ela, o
argumento não faz sentido. “Se o ônibus para os alunos não é uma prioridade
importante, quem é que mantém a faculdade?”, questiona.
Consta na cláusula oitava do contrato da faculdade que o
transporte escolar é um dos itens que “não estão incluídos” nos serviços
oferecidos pela instituição.
A outra estudante afirmou que está indo a pé até a
faculdade. “Eu acho que isso tem que ser revisto pra todo mundo usufruir do
ônibus”, conta. De acordo com ela, a FACESPI chegou a oferecer transporte aos
alunos, porém, como o serviço seria cobrado, ninguém aceitou. O valor proposto
foi de R$ 3,80 (ida e volta) por pessoa.
No dia seguinte, João Marcos Zanata foi entrevistado pela
mesma emissora. Ele foi escolhido para representar os alunos que precisam do
transporte. Ele está em entendimento com a Associação Pirajuense dos Estudantes
Intermunicipais (APEI) para que a entidade possa atender os alunos da FACESPI.
Se isso for possível, a prefeitura poderá subvencionar parte do transporte.
Atualmente, a ajuda é de 32,5%.
Em princípio, a incorporação esbarraria no próprio nome da
associação, uma vez que somente pessoas que estudam fora podem receber o
benefício. No entanto, não há nada que inviabilize a mudança do nome. “Com
certeza vai ser uma solução que eu enxergo como boa para os alunos”, diz
Zanata.
A emissora tentou contato com o advogado que presta serviços
jurídicos à APEI. Marcos Tonon não foi encontrado para comentar o assunto.
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