quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Jovem de 25 anos é vítima de tentativa de homicídio

Além de ter sido esfaqueada, ela foi agredida com tijoladas pelo padrasto

Está preso na Cadeia Pública de Sarutaiá o homem que tentou matar a enteada no Bairro Eldorado, em Piraju. Natalino Almeida Leite, 32 anos. O crime aconteceu na tarde de ontem, 29, na Rua Antonio Benedito do Nascimento.

Sulamita Cristina Souza, 25 anos, foi esfaqueada e agredida com tijoladas no rosto. Ela foi encaminhada pelo Corpo de Bombeiros ao pronto-socorro, onde ainda permanece em observação. De acordo com familiares, ela não corre risco de morte.

PRESO - Natalino responderá em regime fechado pelo
crime de tentativa de homicídio
Natalino foi preso horas depois. Ele estava na Rua Antonelli Mercadante, Vila Tibiriçá. Há relatos de que ele teria cruzado as águas do Rio Paranapanema para fugir da polícia.

O agressor mora nos fundos da casa da vítima. Segundo Taís Carolina de Souza, irmã da vítima, o padrasto sempre demonstrou atitudes violentas. “Direto tinha briga, várias denúncias e ameaças. Estávamos tentando por ele pra fora de casa. Ele é usuário de drogas e perturbado também”, relata.

De acordo com o namorado de Sulamita, Jairo Augusto Nascimento, as agressões começaram nos fundos da residência e terminaram na rua. A intervenção de vizinhos foi preponderante para que o caso não terminasse em tragédia. Jairo disse à rádio Eduvale FM que o padrasto cometeu o crime sob efeito de entorpecente.

Natalino, que já tem passagem pela polícia, responderá por tentativa de homicídio.

SOCORRO

Populares que presenciaram o crime ficaram revoltados com o fato de a polícia militar não ter encaminhado Sulamita ao pronto-socorro. O atendimento não foi prestado porque o Corpo de Bombeiros estava a caminho da residência da vítima.

Além disso, os PMs fizeram valer as determinações da resolução 005/13, da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. A medida proíbe o policial de socorrer vítimas de tentativa de homicídio, tentativa de latrocínio, lesão corporal grave e resistência. O atendimento deve ser feito somente por profissionais especializados. No caso em questão, o deslocamento dos bombeiros até o local durou 8 minutos.

Em entrevista ao blog Expresso Piraju, o capitão Silvio Amaral Soares, responsável pela 2ª Comp. do 53º Batalhão da Polícia Militar, a população ainda conserva um “sentimento equivocado de que socorrer é colocar dentro de um carro e levar para o hospital”. Segundo ele, “muitas vezes esse socorro acaba piorando o estado clínico de uma vítima”.