INVESTIMENTO - A reforma e ampliação do prédio estão orçadas em R$ 1 milhão |
Enquanto aguarda aprovação do
projeto que prevê a reativação da cadeia pública de Piraju, o delegado dr.
Jorge Cardoso de Oliveira, responsável pela Delegacia Seccional de Avaré, tem
cumprido uma agenda de esclarecimentos para mostrar que a proposta não irá
trazer transtornos à população, sobretudo aos moradores que residem nas
imediações do prédio.
Na foto, os delegados Jorge Cardoso de Oliveira e Alberto Bueno Correa Filho FOTO: Expresso Piraju |
No dia 22 do mês passado, os
vereadores do município se reuniram com o delegado. O encontro aconteceu no
plenário da Câmara Municipal. Na oportunidade, o presidente da Casa, João
Fernando José (PMDB), se mostrou decepcionado com o fato de a reativação ser
“um processo quase irreversível”, mesmo com a existência de um abaixo-assinado
com quase duas mil assinaturas contrárias à obra.
O porta-voz do prefeito na Câmara
Municipal, Luciano Louzada (PMDB), cobrou dos responsáveis um amplo trabalho de
divulgação para mostrar que a reativação não é passível de embargo, já que não
contraria nenhuma legislação vigente, a começar pelo Plano Diretor de Piraju.
Solícito ao apelo dos vereadores,
o delegado confirmou, no mesmo dia, que se reuniria com a imprensa para sanar
todas as dúvidas acerca do projeto. A coletiva aconteceu na manhã de
terça-feira, 30, nas dependências do 1º Distrito Policial.
O responsável disse que a
transformação da cadeia numa “unidade de trânsito” levou em consideração
diversos fatores, como a “localização estratégica” do município, que fica próximo
ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César. Segundo ele, tão
logo a reativação seja feita, as cadeias de Manduri, Tejupá e Sarutaiá serão
desativadas. As pessoas presas nesses municípios serão trazidas para Piraju.
O dr. Tadeu de Castro (foto), delegado-assistente da Delegacia Seccional de Avaré, disse que, depois da reativação da cadeia, a área em torno do prédio será "valorizada" FOTO: Expresso Piraju |
A centralização dos presos fará
com que os carcereiros dessas cadeias da região passem a trabalhar nessa nova
unidade. Outra vantagem – para o Estado – é a alimentação dos presos, cujo
contrato de fornecimento poderá ser feito com uma margem mais segura de
encarcerados.
Com relação à quantidade de
presos na unidade, dr. Jorge disse que a expectativa é de que o local abrigue,
em média, 20 detentos por mês. O número representa metade da capacidade de
alojamento do prédio. De acordo com o projeto, a cadeia continuará com 10
celas.
Questionado sobre a permanência
de presos de alta periculosidade, o delegado garantiu que pessoas nessa
condição serão enviadas imediatamente para o CDP. “A inclusão será
absolutamente direta”, afirma.
Segundo o release apresentado à
imprensa, “os presos que derem entrada à noite e aos finais de semana
permanecerão recolhidos até o primeiro dia útil, quando serão transferidos para
o CDP de Cerqueira César. Os presos que cumprem prisão civil (dívida de pensão
alimentícia) também ficarão recolhidos no máximo por 30 dias”.
O blog Expresso Piraju
selecionou os principais momentos da coletiva. Confira o vídeo.
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