Representantes da categoria reagiram de forma negativa ao adiamento
Momento em que o chefe da equipe de pedreiros conversa com o porta-voz do Executivo, Luciano Louzada, a respeito do adiamento do projeto que concede abono à categoria FOTO: Expresso Piraju |
Os vereadores de Piraju adiaram a
votação do Projeto de Lei nº 80/13, que institui abono de produtividade aos
pedreiros da prefeitura municipal. Na sessão de ontem, 15, os parlamentares
colocaram em xeque o impacto financeiro que a bonificação poderá causar nos
cofres públicos.
A medida garante abono de até R$
150,00 por mês ao funcionário que, mediante certos critérios, se destacar na função.
A preocupação veio à tona após
apresentação de dois projetos, também de autoria do Executivo, que versam sobre
a estrutura administrativa da prefeitura e o quadro de pessoal. Se aprovadas,
as matérias permitirão que a prefeitura volte a ter os mesmos departamentos que
foram criados na gestão passada, e que acabaram fundidos no início desse ano a
pedido do prefeito Jair César Damato (PMDB).
O Executivo também pretende
incorporar uma nova função ao Departamento de Trânsito e Fiscalização (DETRAF).
A atribuição deve melhorar o serviço de manutenção dos veículos da
municipalidade, já que, de acordo com o projeto, o diretor do DETRAF passaria a
assumir o controle completo da frota. Atualmente a função é exercida apenas pelo
assessor Aparecido Donizette Cassanho, que nas últimas semanas tem sido alvo de
duras críticas.
Além disso, os projetos prevêem a
criação de 22 cargos de monitor de transporte escolar, aumento do cargo de
motorista (de 52 para 69) e criação da função gratificada de agente do Procon e
agente da CDHU.
Outra intenção da prefeitura objetiva
mudar os pré-requisitos para a ocupação do cargo de diretor do Departamento
Municipal de Educação (DEDUC). A lei atual exige que o ocupante tenha não
somente curso superior, mas também experiência na área. Se as mudanças forem
aprovadas pela Câmara, o candidato ao cargo poderá apresentar apenas uma das
exigências.
Um grupo de pedreiros acompanhou
atentamente o adiamento do projeto que garante abono à categoria. Eles ficaram
decepcionados com o pedido de vistas, alegando que o Departamento de Orçamento
e Finanças (DOFIN) garantiu que a bonificação não trará problemas ao orçamento
da prefeitura, muito menos à já comprometida folha de pagamento.
O chefe da equipe de pedreiros, Paulo
Sergio da Silva, se mostrou decepcionado com a posição dos vereadores. Vale
destacar que o projeto está na Casa de Leis desde o dia 30 de agosto. Ele
informou à reportagem da rádio Eduvale FM que, do ponto de vista financeiro, a oferta
do abono foi classificada como “insignificante” pela prefeitura.
Segundo o vereador Alex Villas Boas
(PSDB), outros números se contrastam com os dados fornecidos pelo DOFIN aos
pedreiros. O parlamentar disse que a aprovação dos projetos pode enquadrar o
prefeito no crime de improbidade administrativa, uma vez que a folha de
pagamento já ultrapassou o limite prudencial estabelecido pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
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