Dado publicado no Portal
Transparência motivou o pedido de abertura da comissão
José Eduardo Pozza, presidente da comissão FOTO: Expresso Piraju |
A Câmara
Municipal de Piraju definiu na sessão ordinária da última terça-feira, 5, os
membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), solicitada pelo vereador
José Eduardo Pozza (PTB), que constatou um suposto indício de superfaturamento
no Portal Transparência. O caso envolve a compra de peças destinadas a um
veículo da frota municipal.
A composição
da CPI transcorreu de forma rápida. José Carlos Brandini (PSD), Vinícius Garcia
(PV) e Marco Antonio dos Santos (DEM) foram sorteados para integrar a comissão.
De acordo com o regimento da Casa, Pozza é o presidente da CPI. Agora, os
membros deverão se reunir para eleger o relator.
Em contato
na manhã desta quinta-feira, 7, com a secretaria da Câmara, a reportagem do
blog foi informada que os vereadores ainda não definiram o relator.
Conhecida
como ‘CPI do Lagarto’ – em alusão ao apelido do assessor responsável pela
manutenção da frota da prefeitura, Aparecido Donizete Cassanho –, a comissão
tem 90 dias para apresentar o relatório. A investigação tem pela frente o
recesso parlamentar, que se estenderá de 19 de dezembro a 31 de janeiro.
Segundo
informações, um erro de digitação teria motivado a publicação do valor que
gerou o pedido de abertura da CPI. A prefeitura já fez a correção do valor e,
antes mesmo do desdobramento do caso no Legislativo, instaurou uma sindicância
para apurar as responsabilidades do assessor.
Pozza não
tem dúvida de que a correção foi motivada pelo anúncio de que o caso seria
investigado pelos vereadores. “Será que se a gente não tivesse mexido nessa
irregularidade eles iriam, lá embaixo, verificar que estava tudo errado?”,
indaga.
CRÍTICAS
Em
entrevista à assessoria de imprensa da Casa, Pozza não poupou críticas contra
Brandini, um dos quatro vereadores que não assinou o pedido de abertura da CPI.
Segundo Pozza, o parlamentar “vai do lado que é vantajoso pra ele”. O petebista
disse que seu colega de Casa não tem interesse em comprometer a atual
administração pelo fato de ser parente do assessor.
Os demais
edis que não assinaram o pedido pertencem ao mesmo partido do prefeito. Um
deles, Luciano Louzada, disse na tribuna da sessão de anteontem que nem sequer
foi procurado por Pozza. “Eu não sei se você teve receio, medo... Eu acho que a
transparência tem que ocorrer. Da mesma forma que você correu atrás dos outros
pra assinar, poderia ter oferecido a mim e a outros pares que não assinaram”,
afirma.
GOVERNO
Para o
prefeito Jair César Damato (PMDB), o caso poderia ter sido esclarecido com um
simples requerimento, “para não dizer com um simples telefonema”. Ele espera
que a comissão não atrapalhe a “articulação” da Câmara com o Executivo.
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