Viveiros sem irrigação e falta de
funcionários são alguns dos problemas encontrados no local
Numas das estudas, mudas de diversas espécies morrem por falta de água FOTO: Expresso Piraju |
Com mais de
48 hectares, o Parque Municipal do Dourado é uma das áreas mais ricas do
município de Piraju. De acordo com a lei municipal 2.634/02, que dispõe sobre a
criação do parque, o local é uma unidade de conservação de proteção integral.
Ainda de
acordo com a mesma lei, a área deve ser administrada por um conselho gestor. Os
membros – todos nomeados pelo prefeito – devem zelar pelo cumprimento do plano
de manejo, zoneamento ecológico-econômico e regulamento. O plano deve ser
elaborado em conjunto com o Conselho de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural.
Segundo
informações, a presidência atual do conselho está nas mãos do engenheiro
florestal Toni Meira, responsável pelo Departamento de Agricultura e Meio
Ambiente (DEAMA) da prefeitura municipal.
Desde o
início da atual administração, em janeiro de 2013, o parque vem pautando
inúmeras notícias. No primeiro semestre do ano passado, o local precisou ser
pulverizado a pedido do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A medida foi
tomada em razão da presença do carrapato transmissor da febre amarela. Durante
esse período, a área permaneceu interditada.
A reabertura
aconteceu mesmo depois, mas foi suspensa no final do ano. À época, Toni Meira
disse que o fechamento iria permanecer até que a prefeitura definisse uma
equipe para monitorar a freqüência de pessoas no local. “Pretendemos logo no
começo do ano fazer a contratação de terceiros para diversos serviços da área
de meio ambiente, e que a gente desloque algumas pessoas para que cuidem do
parque”, diz.
Outro
anúncio divulgado no ano passado diz respeito ao “regramento” do parque, cuja
elaboração iria ser levada a cabo pelo conselho gestor. Uma das intenções de
Toni Meira era delimitar o estacionamento de veículos.
Em visita ao
parque na manhã de manhã de quinta-feira, 6, o blog Expresso Piraju,
acompanhado do vereador Serginho da Rádio (PMDB), constatou que a área está abandonada.
Além das sérias deficiências encontradas na manutenção da área – serviço realizado
atualmente por apenas dois funcionários –, a reportagem flagrou uma cena
lamentável: a morte de inúmeras mudas nos viveiros que, em tese, deveriam contribuir para o reflorestamento do município.
A falta de
irrigação comprometeu as três estufas. No dia do flagrante, várias mudas
estavam resistindo com muito custo à falta de água. Outro problema encontrado
refere-se à estrutura dos viveiros. O blog verificou falhas na tela de proteção
que deveria atenuar a incidência de sol nos viveiros.
A ausência de
água nas estufas estava sendo provocada por um problema insignificante. Segundo
informações, a bomba que capta água de um açude, localizada a alguns metros das
plantas, estava com os fios elétricos cortados (veja a imagem abaixo).
Sem energia, bomba deixa de levar água aos viveiros FOTO: Expresso Piraju |
Levado ao ar
pela rádio Eduvale FM, o flagrante repercutiu na prefeitura. No mesmo dia, um servidor
reestabeleceu o funcionamento da bomba. O conserto permitiu que as poucas mudas
ainda vivas pudessem ser irrigadas. Espera-se agora que os viveiros sejam recuperados
em sua totalidade.
O blog
descobriu que a atual administração removeu alguns funcionários do parque,
reduzindo a manutenção do local a apenas duas pessoas. Para piorar,
equipamentos como moto-serra, esmeril, lava-rápido, roçadeira, compressor, além
de um trator e uma carreta, foram retirados pela prefeitura.
Numa outra estufa, o mato tomou lugar das mudas FOTO: Expresso Piraju |
REUNIÃO
No dia 30 de
janeiro, o conselho gestor se reuniu às 10h no gabinete do prefeito Jair Damato
(PMDB). De acordo com informações, três pessoas compareceram, incluindo o
presidente do órgão. Em conversa com o jornal Folha de Piraju, um dos membros
lamentou o fato de o encontro ter sido feito às escondidas, sem a participação
dos demais conselheiros.
O resultado do encontro não foi divulgado à imprensa.
O resultado do encontro não foi divulgado à imprensa.
Um comentário:
Eu frequentei o viveiro alguns anos atrás (6 anos mais ou menos )pois trabalhava num setor da PMP que muitas vezes realizava o plantio dessas mudas. Aquela época era lindo de ver o viveiro, embora faltassem coisas para melhorar a estrutura do local(tipo uma estufa nova que nunca foi finalizada), o mesmo era muito bem cuidado. Fico triste de ver o desprezo com que a atual administração trata o local. ......... =(
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