Segundo ele, policiais apenas
cumpriram sentença da Justiça
Na semana
passada, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na Av. São
Sebastião. De acordo com informações, um menor de 15 anos foi apreendido por
suposto envolvimento com o tráfico de drogas. O cumprimento do mandado ficou a
cargo de quatro policiais.
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Alberto Bueno Correa Filho
FOTO: Expresso Piraju |
A mãe do
menor, Lúcia Helena Ferreira de Campos, procurou a rádio Eduvale FM para
denunciar a atitude dos policiais. Ela afirma que sua filha, que também é menor
de idade, foi agredida. “Eu estava no trabalho quando recebi um telefonema da
minha filha. Ela relatou que havia sofrido agressão por parte dos policiais, e
que eles invadiram a casa sem nenhum adulto por perto”, diz.
Lúcia disse ainda
que a polícia deveria ter acionado o Conselho Tutelar para cumprir a apreensão.
O mesmo entendimento é compartilhado pelo advogado José Eduardo Pozza, que está
acompanhando o caso da menor. “A prisão de um menor não pode ser feita dessa
forma. Tem que ser acompanhada pelo Conselho Tutelar. Se houver alguma infração
cometida pelos policiais, a gente pretende enviar o caso para o Ministério
Público”, conta.
Procurado
para comentar a denúncia, o delegado Alberto Bueno Correa Filho negou as
declarações da mãe do suposto infrator. Ele afirma que os policiais agiram
dentro da lei. “Nesse mandado constava a seguinte ordem: que apreendesse o
menor e que, se fosse necessário, arrombasse a casa para entrar. Os policiais
bateram à porta, mas ninguém atendeu. Eles perceberam que havia gente no
interior da casa que não estava querendo atender. Eles poderiam ter arrombado a
casa, mas isso não foi necessário”, explica.
De acordo
com o delegado, a irmã do menor investiu contra os policiais. “Ela avançou contra
os policiais, com violência inclusive. Os policiais tomaram toda medida
necessária para coibir essa violência a fim de dar cumprimento ao mandado.”
Segundo ele, “nós não estamos lidando com pessoas sobre quem não conste uma
suspeita forte da prática de crime”.
Sobre a
alegação de que o Conselho Tutelar deveria ser sido acionado, Correa informou que
a presença do órgão não é necessária nesses casos.