quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Denúncia aponta supostas ilegalidades praticadas pela Sabesp

Vereadores esperam que Ministério Público esclareça os pontos elencados na representação

Ao contrário do que tinha sido previsto, a assessoria jurídica da Câmara Municipal de Piraju deve protocolar nesta quinta-feira, 8, representação contra a Sabesp no Ministério Público. A denúncia conta com anuência de todos os parlamentares. Segundo informações, alguns requerimentos ainda serão incluídos no ofício.

Momento em que os vereadores acompanham a leitura do ofício que será protocolado no MP
(FOTO: Expresso Piraju)

De acordo com a ação, encampada pelo recém eleito presidente da Casa, Carlinhos Pneus (PT), o fato de o município ainda não ter renovado contrato com a empresa “vem causando prejuízos incomensuráveis à população pirajuense, uma vez que há décadas a concessionária não efetua qualquer investimento, como melhorias, ampliações, aperfeiçoamento e até mesmo distribuição regular e contínua de água em nosso município”.

A representação destaca um fato que, no entendimento dos vereadores, não deixa dúvida quanto às “inúmeras arbitrariedades, ilegalidades e irregularidades” praticadas pela empresa. Trata-se da concessão de uma área situada no Bairro Enseada, destinada à implantação de poço artesiano no local.

Tanto o Executivo quanto o Legislativo agilizaram a permissão de uso, julgando que o serviço seria realizado por completo. A Sabesp, por seu turno, promoveu apenas parte da obra. Em janeiro de 2013, o gerente local da concessionária, Edson de Almeida, disse à rádio Eduvale FM que “isso depende da renovação do contrato”.

No detalhe, os vereadores Marcão da Ambulância, José Eduardo Pozza e Brandini do Gás
(FOTO: Expresso Piraju)

Como não poderia ser diferente, a denúncia também aponta as deficiências encontradas na distribuição de água. De acordo com o ofício, o problema se deve ao “total desinteresse da empresa concessionária em investir no município de Piraju”, fato de que, na visão da Casa, contraria a Constituição Federal, que garante a oferta de saneamento básico como serviço público essencial.

Ainda de acordo com a representação, o condicionamento da renovação do contrato com a manutenção do serviço de distribuição de água é “inaceitável, ilegal e desprovido de qualquer fundamento”. Diante disso tudo, os vereadores esperam que o MP apure as eventuais ilegalidades contidas na denúncia. 

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