Ele tentou matar o próprio filho em outubro de 2013; crime ocorreu na zona rural
417h41
Conforme
divulgado pelo Expresso Piraju, o
lavrador Carlos Souta Monteiro, 49, foi submetido a júri popular na última
quarta-feira, 18. Acusado de tentativa de homicídio, o morador da zona rural de
Piraju foi condenado a quatro anos em regime fechado. Como está preso desde
outubro de 2013, Monteiro permanecerá pouco mais de um ano atrás das grades.
Trecho da sentença assinada pelo juiz Fábio Paci; clique na imagem para ampliá-la (REPRODUÇÃO: Tribunal de Justiça do Estado) |
O advogado
César Mercuri, responsável pela defesa do lavrador, procurou convencer o júri quanto
à semi-imputabilidade (redução da capacidade de compreensão ou vontade) do
cliente, alegando que, no dia do crime, o réu não sabia ao certo o que estava
fazendo. Além dessa tese, a defesa tentou, entre outras coisas, derrubar a
acusação de que Monteiro utilizou de recurso que impossibilitou a defesa da
vítima.
Na primeira
fase de dosagem da pena, o juiz Fábio Augusto Paci Rocha condenou o réu a 12
anos de reclusão. No decorrer do julgamento, porém, a pena foi fixada em quatro
anos “em razão de a vítima ter sofrido apenas lesões de natureza leve”.
Assim que
recebeu a sentença, o lavrador retornou ao Centro de Detenção Provisória (CDP)
de Cerqueira César, onde está preso desde outubro de 2013.
ENTENDA O CASO
Ocorrido em
outubro de 2013, na Fazenda Coqueiros, zona rural de Piraju, o crime chamou
atenção pelo fato de a vítima ser filha do réu. De acordo com o Ministério
Público, que ofereceu denúncia contra o lavrador, o estudante Leandro Souta
Monteiro, que na época tinha 19 anos, foi esfaqueado pelo pai após abrir a
porta de sua residência. No entendimento da acusação, a prática do crime foi
agravada pelo fato de Leandro não ter tido a possibilidade de qualquer meio de
defesa.
Segundo o
MP, Souta, “com evidente intenção homicida, utilizando-se de recurso que
dificultou a defesa do ofendido, desferiu golpe de arma branca em Leandro,
produzindo-lhe os ferimentos descritos no laudo do exame de corpo de delito”. A
acusação afirma que “o crime não somente se consumou por circunstâncias alheias
à vontade do denunciado, tendo em vista que a vítima foi pronta e eficazmente
socorrida”. Provocados por um canivete, os golpes atingiram o pescoço da
vítima.
Consta na
denúncia que, minutos antes do crime, Carlos ameaçou de morte o filho e a
ex-esposa, Benedita Aparecida Sabóia. Para agravar ainda mais a situação, o
acusado desrespeitou uma ordem judicial ao ter se aproximado de Benedita.
Em
depoimento prestado à polícia, o lavrador disse que não tinha a intenção de
matar o filho. “Indagado do motivo que o levou a agredir Leandro, afirmou que
não sabia que era Leandro que ali estava. Imaginou que sua esposa estava lhe
traindo”, relata a Polícia Civil.
Depois do
crime, Carlos fugiu em direção a um matagal. Ele foi encontrado pela Polícia
Militar dentro de um veículo abandonado.
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