De acordo com ele, as unidades de
ensino não contam com professores em número suficiente
422h00
A greve do
magistério paulista chega ao 12º dia sem nenhum sinal de que os pleitos da
categoria serão atendidos pelo governo estadual. De acordo com o site da
APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo),
uma grande vigília está marcada para ocorrer às 18h desta quinta-feira em
frente à Secretaria da Educação, localizada na Praça da República, na capital.
Ainda
segundo o sindicato, o ato tem como propósito pressionar o governo pela
abertura imediata das negociações. “Nesta mesma data, as subsedes devem
realizar suas assembleias regionais e, após deliberar sobre os próximos passos
do movimento, organizar os professores para participarem da vigília”, informa.
Em Piraju, a
APEOESP realizará um ato público às 9h desta quinta, com saída na sede da
subsede. Os grevistas passarão pela Praça Ataliba Leonel e depois ficarão
concentrados defronte à Diretoria Regional de Ensino, a exemplo do que ocorreu
na última quinta-feira, 19, quando dezenas de docentes, pais e estudantes
protestaram contra algumas determinações da dirigente Maria Ignez Carlin
Furlan.
Em entrevista
concedida ao Expresso Piraju na
noite de ontem, 24, o diretor sindical Joaquim de Almeida informou que, nos municípios
abrangidos pela DRE (Fartura, Manduri, Óleo, Piraju, Sarutaiá, Taguaí, Tejupá e
Timburi), há cerca de 140 professores paralisados. Já em Piraju, que conta com
seis unidades estaduais, o último levantamento apontou aproximadamente 30 docentes
em greve.
Uma das
principais reivindicações da subsede de Piraju diz respeito à redução de
classes e a consequente superlotação de alunos. Segundo Almeida, a medida
adotada pela DRE não se justifica em função do aumento da demanda por ensino. “Ela
diminui a oferta, resultando num acúmulo de alunos em salas. Temos superlotação
por conta do fechamento. No Estado, isso representa mais de três mil salas
fechadas. Isso aí é uma política para sucatear a educação no Estado”, diz.
Ainda de
acordo com o sindicalista, a superlotação está comprometendo a qualidade do
ensino. Somada à ausência de docentes por força da greve, a realidade deve
servir de aviso aos pais para que não mandem os alunos às escolas. “Não está
tendo aula, mas sim um acúmulo de alunos jogados num espaço sem qualquer objetivo
prático de aprendizado”, afirma.
PAUTA
Segundo a APEOESP,
o magistério paulista reivindica equiparação salarial com as demais categorias
com formação de nível superior, implantação da jornada do piso, nova forma de
contratação dos docentes temporários, fim do fechamento de classes,
desmembramento das salas com superlotação, fim do assédio moral, respeito ao
limite de 25 alunos por sala, fim da lei das faltas médicas, fim da perseguição
aos professores nas perícias médicas, aceleração dos processos de
aposentadoria, transformação do bônus em reajuste salarial e fim do projeto
excludente de escola de tempo integral.
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