sexta-feira, 24 de abril de 2015

Casal pretendia roubar taxista para comprar droga, informa Polícia Civil

Acusados pela morte de Luiz Carlos Sanches foram presos a pedido do Poder Judiciário

417h00

A Justiça determinou a prisão temporária do casal Ricardo Domiciano Antunes de Campos, 29, e Vivianne Camilla da Motta Góes Domiciano de Campos, 30. Eles são acusados de matar o taxista Luiz Carlos Sanches, 65, mais conhecido como Xanxan. O casal ficará detido por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por igual período.

Ricardo e Vivianne viviam juntos no Conjunto Ovídio
Rodrigues Tucunduva Júnior (FOTO: Polícia Civil)
Segundo o delegado Antonio Carlos Correa, responsável pelas investigações, Ricardo foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César. Já Vivianne está recolhida no CPD de Porangaba (SP).  Os dois têm passagem pela polícia.

De acordo com o que foi apurado até então, o casal estava na Av. Dr. Simão, Vila Tibiriçá, quando solicitou o serviço do taxista. O pedido aconteceu por volta das 22h30 da última quarta-feira, 22, Luiz Carlos, que estava no ponto da Praça Ataliba Leonel, Centro, prontamente dirigiu-se até o endereço.

Ao chegar no local indicado, Xanxan foi rendido por Ricardo, que estava armado com uma faca, e obrigado a seguir viagem sentido Manduri através da Rodovia Geraldo Martins de Souza. Em depoimento prestado à polícia, Vivianne disse que desembarcou próximo ao Conjunto José Ribeiro.

As investigações apontam que, depois disso, o taxista teria sido novamente ameaçado a prosseguir com o trajeto. Durante o percurso, Xanxan foi obrigado a parar o veículo numa estrada rural. Nesse momento, Ricardo investiu contra a vítima. “Foram desferidos golpes de faca e posteriormente com algumas pedras que foram encontradas com sangue. Ainda iremos confirmar a possibilidade de Ricardo ter atropelado a vítima, que estava caída ao solo”, relata o delegado.

Depois do crime, Ricardo roubou o carro do taxista. No início da madrugada do dia seguinte, a Polícia Militar foi informada que o veículo estava pegando fogo numa rua do Conjunto José Ribeiro. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros. O carro estava com marcas de sangue – possivelmente de Xanxan – e danos na lataria.

Embora o caso ainda esteja em investigação, a polícia trabalha com a versão de que Ricardo teria se desentendido com o taxista por conta do itinerário da corrida. “Como a corrida combinada por telefone seria da Vila Tibiriçá para o Conjunto Augusto Morini, o taxista fez a manobra para retornar sentido Centro. Nesse momento teria ocorrido uma discussão entre o motorista e o homem”, diz Correa.

“Tudo indica que esse casal pretendia obter certa importância em dinheiro ou objetos para aquisição de droga. Eles tiveram como alternativa a prática desse crime, ou seja, vamos atrair o taxista, praticar o roubo e, com o produto do crime, trocar por droga. É isso que temos até o momento.”

A Polícia Civil não descarta a participação de mais pessoas na morte do taxista.

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