Delegado não acredita na versão da
denunciante; segundo ele, os policiais possuem conduta ilibada
418h27
Na edição
desta quarta-feira, 15, do Jornal Regional, programa da rádio Eduvale FM, a
dona de casa Andréia de Araújo, moradora do Jardim Jurumirim, fez sérias
acusações contra dois policiais civis de Piraju. A denunciante é mãe de um
menor de 17 anos que foi apreendido por violência doméstica.
Segundo a
ouvinte, os policiais agrediram seu filho logo após o menor sair da cadeia de
Paranapanema para participar de audiência no fórum de Piraju. O caso aconteceu
na última quarta-feira, 8. “Na estrada, vindo de lá pra cá, os dois policiais
pararam o carro e agrediram ele. Quando desceu da viatura, meu filho gritou: ‘Pai,
faz corpo de delito porque eu fui agredido e que nenhum conselheiro [tutelar]
foi junto’”, diz.
Ainda de
acordo com Andréia, o juiz foi comunicado sobre a acusação feita contra os policiais. De imediato, o magistrado orientou a família do menor a procurar a
Polícia Civil para registrar a queixa. Na delegacia, o esposo da moradora não
conseguiu fazer o boletim de ocorrência. “O delegado desobedeceu a ordem do
juiz para fazer o boletim contra os policiais dele”, afirma.
Procurado
novamente pela família, o juiz recomendou que a denúncia fosse registrada na
Corregedoria da Polícia Civil de Avaré. Com todos os papéis em mãos, inclusive
com o exame de corpo de delito, Andréia viajou até o município vizinho, onde conseguiu
relatar todas as afirmações do seu filho. Ela foi informada que a acusação será
apurada pela Corregedoria da PC de Sorocaba.
Três dias
depois de passar pelo fórum, o menor foi encaminhado a uma unidade da Fundação
Casa da capital. Antes de ser apreendido na instituição, informa ainda Andréia,
o jovem foi novamente vítima de maus tratos. “Deixaram ele preso durante duas horas dentro da viatura. Deram uma chave de fenda e uma algema para ele
estragar a parte de trás da viatura para alegar que ele destruiu o veículo.
Daí, entregaram ele lá dentro. Meu filho ouviu falando assim: ‘Cuidado que ele
é perigoso’”, diz.
Procurado
para comentar as declarações, o delegado Alberto Bueno Correa Filho,
responsável pela Polícia Civil, refuta a alegação de que não teria permitido o
registro da ocorrência. “Como se trata de fato relacionado com policiais civis
da minha unidade, seria antiético eu registrar o fato e apurar por aqui. Eu
orientei a família que procurasse a corregedoria em Avaré”, explica.
O delegado não
acredita que o menor tenha sido agredido pelos policiais. “São policiais muito
tranquilos e com uma conduta muito boa, sem qualquer envolvimento nesse tipo de
ocorrência que a família alega. Eu acredito nos meus policiais. E se eu
acredito nos meus policiais, esse menor, por algum motivo desconhecido, está
mentindo”, afirma.
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