De acordo com um dos profissionais, a
vítima confiava em todas as pessoas que solicitavam serviço
417h53
A reportagem
do Expresso Piraju ouviu alguns taxistas
que atuam no mesmo ponto onde trabalhava Luiz Carlos Sanches, 65, mais
conhecido como Xanxan, morto na noite da última quarta-feira, 22. O caso
repercutiu no município em função da crueldade empregada pelo criminoso para
assassinar a vítima.
Luiz Carlos Sanches (foto) morava com a família na Vila São José; ele deixa a esposa Vanda Ribeiro de Alvarenga e os filhos Alessandro, Fabiano e Leandro |
“Ele era um
parceiro nosso, trabalhador, prestativo e enfrentava muito a madrugada. Foi uma
tragédia tudo o que aconteceu”, diz Auleo Rivera, que há oito anos trabalha
como taxista. Segundo ele, Xanxan, ao contrário dos demais colegas de
profissão, não fazia restrição em trabalhar no período noturno. “Ele já
enfrentou situações complicadas, mas não nesse nível como aconteceu.”
Com 45 anos
de profissão, Abel Policarpo dos Santos ficou horrorizado com o assassinato do
colega. “Eu tinha uma amizade muito boa com ele. Xanxan era uma pessoa muito
trabalhadora e cumpridora dos seus deveres. Eu fiquei sabendo de tudo o que
aconteceu e fiquei muito chateado porque ele era um companheiro nosso”, conta.
Abel conta que o taxista não via maldade em ninguém. “Pra ele, todo mundo era
igual e amigo”, afirma.
Luiz Antonio
de Paulo também convivia com Xanxan. Também experiente na profissão, Luiz
revela que chamava atenção do colega por conta de alguns comportamentos que ele
tinha durante o trabalho. “Ele dormia com a porta [do carro] toda aberta. Eu
falava: ‘Xanxan, não faça isso, vá embora descansar’”, conta. De acordo com
ele, Luiz Carlos era sempre solicitado para trabalhar fora do expediente.
Segundo
informações, Xanxan enfrentou momentos arriscados ao longo dos mais de 40 anos
de profissão. Há cerca de dois anos, ele reagiu a um assalto durante uma
corrida. Na ocasião, o criminoso fez uso de uma faca para roubar o taxista.
PRISÃO
Na última
quinta-feira, 23, a Justiça determinou a prisão temporária de Ricardo Domiciano
Antunes de Campos, 29, e Vivianne Camilla Motta Góes Domiciano Campos, 30.
Segundo a Polícia Civil, as provas levantadas até o momento não deixam dúvidas
quanto ao envolvimento do casal na morte do taxista. O crime está sendo tratado
como latrocínio (roubo seguido de morte).
Xanxan foi
brutalmente assassinado. Encontrado numa estrada rural localizada na Rodovia
Geraldo Martins de Souza (Piraju-Manduri), o corpo estava com sinais de
esfaqueamento e apedrejamento. A polícia ainda apura se a vítima foi atropelada
pelo próprio veículo.
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