Assinado pelo vereador Pozza, projeto
pretende excluir item das diretrizes educacionais do município
Uma onda de
apreensão tomou conta das redes sociais por conta da suposta inclusão do tema
ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação. O assunto ganhou proporção
depois que alguns segmentos da sociedade recorreram aos políticos do município
para exigir a retirada da palavra gênero do PME.
De imediato,
o vereador José Eduardo Pozza (PTB) elaborou projeto de lei nº 25/2015 no sentido de excluir o
item “gênero e diversidade sexual” dos temas transversais. Segundo o autor da
matéria, a preservação do item pode abrir caminho para a implantação da
ideologia de gênero na rede municipal.
Em
entrevista concedida às emissoras de rádio, Pozza disse que os professores não
possuem qualificação para tratar do assunto na sala de aula. “Entendo que não
temos profissionais capacitados para dar essa matéria ao aluno”, afirma. Além
disso, o parlamentar alega que o tema deve ficar circunscrito ao ambiente
familiar. Questionado se os pais têm condições de dialogar sobre sexualidade
com as crianças, o petebista limitou-se a informar que “a família precisa ser
fortalecida”.
As
declarações do vereador soaram ofensivas a inúmeros professores da rede. Eles
procuraram a diretora do Departamento de Educação, Maria Helena de Oliveira
Soares, para exigir algum tipo de atitude contra o político. De acordo com a
classe, as escolas possuem profissionais qualificados para ministrar aulas
sobre sexualidade, as quais já fazem parte do dia a dia dos alunos.
Apesar dos
esclarecimentos promovidos insistentemente pela administração, a começar pela
garantia de que a prefeitura é contrária à ideologia de gênero, o trâmite do
projeto apresentado por Pozza conta com a adesão da maioria dos vereadores.
Vinícius Garcia (PV) e Luciano Louzada (PMDB) são os únicos que lutam pela permanência
do item no PME.
Nesta
terça-feira, 23, o projeto passará pela primeira deliberação. A sessão deverá
contar com um grande número de cidadãos favoráveis e contrários ao projeto.
Nas redes
sociais, o assunto divide opiniões. Os que defendem a redação atual do plano –
todos contrários à ideologia de gênero, vale destacar – alegam que a exclusão
do item colocará em risco todos os esforços para que a sociedade se veja livre
de preconceitos e crimes que persistem no âmbito da homossexualidade. Já os
contrários alegam que, além da sexualidade ser um assunto familiar, a simples
presença da palavra gênero no plano é uma “porta aberta” para a referida ideologia.
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