quinta-feira, 11 de junho de 2015

Desativação do abrigo de cães e gatos pauta reunião da APRAPI

Vizinho do imóvel alega que os animais estão incomodando a população

412h54

Um morador da cidade participou da reunião de ontem, 11, da Associação Protetora dos Animais de Piraju (APRAPI). Ocorrido na Câmara Municipal, o encontro contou com a presença de membros da diretoria da entidade e voluntários.

Falta de manutenção do abrigo é uma das preocupações
da APRAPI; futuro dos animais ainda é incerto
(FOTO: Expresso Piraju)
Na oportunidade, o cidadão apresentou um abaixo-assinado com 250 nomes de pessoas contrárias à permanência de cães e gatos no abrigo localizado na Av. Dr. Simão, Vila Tibiriçá. Segundo ele, os animais estão gerando transtornos à vizinhança.

Ele ainda estava munido de uma cópia da inspeção realizada pela Vigilância Sanitária no local. A visita dos agentes ocorreu no dia 27 de junho do ano passado, menos de um mês após o protocolo do abaixo-assinado na VISA. No relatório, os agentes afirmam que o abrigo precisa ser totalmente desativado por estar em desacordo com a legislação sanitária.

O morador demonstrou indignação com o fato de nada ter sido feito após a inspeção. Além disso, ele não escondeu sua preocupação com a falta de providências do Ministério Público, que também recebeu o abaixo-assinado e o parecer da Vigilância Sanitária.

Depois de ouvir atentamente as considerações do cidadão, a APRAPI disse que também está empenhada em desativar o abrigo. A entidade informou ao morador que a prefeitura garantiu, em mais de uma ocasião, que os cães e gatos serão levados provisoriamente para o Parque Municipal do Dourado até a construção de um espaço adequado para atender os animais.

Para tanto, a administração teria conseguido a anuência da maioria dos membros que integram o conselho gestor do parque. A suposta aprovação foi questionada por ambientalistas contrários ao remanejamento dos animais para uma área de preservação. Eles alegam que, além de não ter adesão dos conselheiros, a proposta da prefeitura contraria as leis de ocupação do parque.

Enquanto a desativação do abrigo caminha a passos lentos, a APRAPI espera que a prefeitura garanta pelo menos a manutenção do local (roçagem e adequação das baias). Segundo informações, é comum a associação receber ligações de moradores indignados com o mau cheiro proveniente do abrigo. Outra queixa diz respeito à fuga de cachorros por conta da precariedade de alguns alojamentos.

Atualmente, a prefeitura gasta mais de R$ 3 mil por mês com o aluguel do abrigo. Além disso, o município custeia a ração dos animais e, na medida do possível, oferece respaldo veterinário aos cerca de 150 cães e gatos que vivem no imóvel.

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