sexta-feira, 12 de junho de 2015

Laudo mostra que menina de 11 anos não sofreu abuso sexual

Ela e a avó foram mortas com um tiro na região da cabeça; motivações ainda são desconhecidas

418h22

A Polícia Civil continua investigando o assassinato de Lawany Nicole Vitorino, 11, e de Suely de Fátima Alves Vitorino, 54, na Chácara Sonho do Poeta, Conjunto Maria Gonçalves da Motta. O crime ocorreu na tarde do último domingo, 7.

Lawany foi enterrada em Sarutaiá (FOTO: Facebook)
Nos últimos dias, o caso motivou uma série de hipóteses sobre o que teria motivado Joacir Aparecido Barbosa, 50, a praticar o homicídio e, em seguida, desferir um tiro contra a própria cabeça.

Em entrevista concedida à imprensa, o delegado Alberto Bueno Correa Filho, responsável pelas investigações, esclareceu que, ao contrário dos boatos que circularam pela cidade, Lawany não estava grávida. Segundo ele, o laudo sexológico, que já foi anexado no inquérito, apontou que as mulheres não foram vítimas de nenhum abuso sexual.

De acordo com ele, a mãe de Lawany e a estudante de 12 anos que estava brincando com a menina já prestaram depoimento. O conteúdo das oitivas não foi divulgado. Segundo o delegado, outras pessoas serão arroladas pela Polícia Civil. As causas do crime ainda são desconhecidas.

A polícia também está traçando a dinâmica dos assassinatos. Preliminarmente, as investigações apontam que Lawany foi morta antes de Suely. Logo na sequência, Joacir teria cometido suicídio por ter se sentido acuado em razão da presença da Polícia Militar na chácara. Os três morreram antes de receber atendimento médico.

Com Joacir, a polícia encontrou a arma usada para matar as mulheres. Trata-se de um revólver calibre 32. Além das munições que estavam na arma – quatro delas estavam deflagradas –, os militares encontraram mais de 10 munições intactas no bolso do homem.

Segundo as investigações, a numeração do revólver foi raspada. “Ela [a arma] pode ter sido furtada de algum lugar. Com certeza a munição chegou de forma ilegal até ele”, diz Alberto. O homem tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma.

Suely, que era avô de Lawany, convivia com Joacir na chácara. No dia do crime, a mãe da menor estava na casa. Quando os disparos foram efetuados, a mãe e a amiga da menina conseguiram escapar ilesas.

O velório e o enterro das mulheres aconteceram em Sarutaiá, onde residiam com outros familiares. Já o enterro de Joacir ocorreu em Tejupá.

OUTROS LAUDOS

A polícia tem em mãos o laudo necroscópico das três pessoas. Os exames mostram que todos morreram em decorrência de um único tiro na cabeça. Agora, as investigações aguardam o laudo toxicológico para saber se Joacir fez uso de alguma substância no dia dos assassinatos.

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