Risco de inundação deixou a cidade
apreensiva nos últimos dias
Durante dois
dias, cerca de 400 pessoas foram retiradas da cidade de Tejupá por conta do
risco de rompimento de um açude localizado na Fazenda Campina Verde. A ameaça
de inundação veio à tona na terça-feira, 24.
Por ter sido construída sem respeitar as normas técnicas de segurança, a barragem apresentou enormes fissuras numa das laterais. Conforme divulgado, o açude possui mais de vinte metros de profundidade e área equivalente a dois campos de futebol.
De acordo com a TV Tem, 100 famílias foram atendidas pela prefeitura |
Por ter sido construída sem respeitar as normas técnicas de segurança, a barragem apresentou enormes fissuras numa das laterais. Conforme divulgado, o açude possui mais de vinte metros de profundidade e área equivalente a dois campos de futebol.
Uma grande
operação foi coordenada pela Defesa Civil do Estado de São Paulo para reduzir o
volume de água do açude. O trabalho contou com funcionários da prefeitura, DAEE
(Departamento de Água e Energia Elétrica) e voluntários, além de uma pessoa
ligada à fazenda.
Na
quinta-feira, 26, o tenente Murilo da Silva, do Corpo de Bombeiros, garantiu
que a vazão tinha sido controlada. A notícia foi recebida com grande alívio
pelas famílias que precisaram recorrer à casa de familiares ou a espaços
cedidos pela prefeitura para fugir do risco de inundação.
No final da
tarde de ontem, um oficial do Poder Judiciário visitou a fazenda. Ele constatou
a existência de duas barragens, “sendo uma primeira de menor porte (em
funcionamento, totalmente cheia e, aparentemente, não apresentando nenhum
risco) e uma segunda de maior porte, a qual apresenta problemas estruturais
graves, sendo que a mesma encontrava-se em processo de esvaziamento”.
Segundo
informações, a construção do açude que apresentou problemas foi objeto de ação
judicial movida em 2013 pela prefeitura de Tejupá contra o proprietário da fazenda.
Apesar das determinações impostas para que a barragem fosse desativada, a
Justiça verificou que “as obras foram indevidamente concluídas”.
Nesse mesmo ano,
o DAEE notificou e multou a fazenda em razão das irregularidades encontradas no
açude. Em contato com a TV Tem, o proprietário disse que, “quando comprou a
área em 2012, o problema já existia. O proprietário também disse que entrou em
recurso contra a ação e aguarda decisão da Justiça”.
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