sábado, 28 de novembro de 2015

Após esvaziamento de açude, moradores de Tejupá retornam às suas casas

Risco de inundação deixou a cidade apreensiva nos últimos dias

Durante dois dias, cerca de 400 pessoas foram retiradas da cidade de Tejupá por conta do risco de rompimento de um açude localizado na Fazenda Campina Verde. A ameaça de inundação veio à tona na terça-feira, 24.

De acordo com a TV Tem, 100 famílias foram atendidas pela prefeitura

Por ter sido construída sem respeitar as normas técnicas de segurança, a barragem apresentou enormes fissuras numa das laterais. Conforme divulgado, o açude possui mais de vinte metros de profundidade e área equivalente a dois campos de futebol.

Uma grande operação foi coordenada pela Defesa Civil do Estado de São Paulo para reduzir o volume de água do açude. O trabalho contou com funcionários da prefeitura, DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) e voluntários, além de uma pessoa ligada à fazenda.

Na quinta-feira, 26, o tenente Murilo da Silva, do Corpo de Bombeiros, garantiu que a vazão tinha sido controlada. A notícia foi recebida com grande alívio pelas famílias que precisaram recorrer à casa de familiares ou a espaços cedidos pela prefeitura para fugir do risco de inundação.

No final da tarde de ontem, um oficial do Poder Judiciário visitou a fazenda. Ele constatou a existência de duas barragens, “sendo uma primeira de menor porte (em funcionamento, totalmente cheia e, aparentemente, não apresentando nenhum risco) e uma segunda de maior porte, a qual apresenta problemas estruturais graves, sendo que a mesma encontrava-se em processo de esvaziamento”.

Segundo informações, a construção do açude que apresentou problemas foi objeto de ação judicial movida em 2013 pela prefeitura de Tejupá contra o proprietário da fazenda. Apesar das determinações impostas para que a barragem fosse desativada, a Justiça verificou que “as obras foram indevidamente concluídas”.

Nesse mesmo ano, o DAEE notificou e multou a fazenda em razão das irregularidades encontradas no açude. Em contato com a TV Tem, o proprietário disse que, “quando comprou a área em 2012, o problema já existia. O proprietário também disse que entrou em recurso contra a ação e aguarda decisão da Justiça”.

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