quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Funcionários públicos passarão a acompanhar a situação dos animais domésticos

Proposta será implantada assim que o Departamento de Saúde definir os servidores que ficarão encarregados de cumprir o serviço

Por unanimidade de votos, o Conselho Municipal de Saúde (CMS) aprovou uma medida para evitar casos de maus tratos no município. Apresentada por um membro ligado à Associação Protetora dos Animais de Piraju (APRAPI), a proposta objetiva fazer com que os funcionários da Saúde passem a monitorar os animais domésticos.

Os funcionários que ficarão encarregados pelo monitoramento ainda serão definidos pela diretora do Departamento Municipal de Saúde (DESAU), Cristiana Tonini. Atualmente, a prefeitura apenas tem o levantamento quantitativo dos animais. Assim que a medida for implantada, a prefeitura passará a acompanhar o estado de saúde do animal.

“Essa é uma questão de saúde pública. Isso não tem que ser visto somente pelo agente de controle de zoonoses ou endemias, mas sim por todos os funcionários. Os funcionários têm que ter um olhar voltado para a raiva, leishmaniose. Não vamos colocar mais serviço na pasta porque isso está incluído na questão epidemiológica”, diz Tonini.

Na prática, os funcionários poderão solicitar, a título de exemplo, a carteira de vacinação dos animais nas visitas que já são feitas nas residências. Nos casos em que o servidor constatar alguma situação que comprometa a saúde do animal, o proprietário será orientado a regularizar a situação.

Vale destacar que o artigo 23 da lei municipal nº 3.057/07 já prevê que o proprietário é obrigado a manter os animais vacinados contra doenças que podem atingir o ser humano. A medida aprovada pelo CMS, por sua vez, amplia essa exigência, uma vez que as doenças que ficam restritas aos animais também deverão ser prevenidas.

De acordo com a diretora do DESAU, a proposta será incluída na agenda dos funcionários da Saúde tão logo a prefeitura defina quem ficará responsável pelo monitoramento.

DESCENTRALIZAÇÃO

Outra medida apresentada pelo conselheiro, e que também obteve apoio de todos os membros do CMS, dispõe sobre a descentralização do registro de solicitações endereçadas ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Até então, o órgão exige, por exemplo, que qualquer denúncia de maus tratos seja comunicada pessoalmente na sede do CCZ.

A sugestão discutida e referenda pelo conselho permitirá que os registros possam ser feitos tanto na Vigilância Sanitária quanto no Centro de Especialidades Médicas (Postão). De acordo com o conselheiro, muitas pessoas deixam de procurar o CCZ por conta da distância. 

Além da descentralização, a proposta prevê que órgão se manifeste por escrito a todos os solicitantes assim que as queixas forem apuradas.

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