sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Postagem feita por assessor da prefeitura revolta alunos

Diretora de escola espera que funcionário faça uma retratação pública

O assessor Marcos Fernandes, que integra o quadro de comissionados da administração do prefeito Jair César Damato (PMDB), publicou no seu perfil pessoal no Facebook uma notícia a respeito do descarte de material didático em algumas vias da Vila Tibiriçá.

No destaque, a notícia publicada pelo assessor e a presença de lixo verde numa das calçadas

Publicada na última quarta-feira, 2, a informação conta com os seguintes dizeres: “Alunos da Vila Tibiriçá destruíram livros e cadernos jogando ao longo da Avenida Dr. Simão [...]. A Avenida Dr. Simão ficou repleta de folhas de caderno, demonstração que não aprenderam sobre limpeza, além de cuidar do material”. Além dessa notícia, o assessor postou quatro fotos para ilustrar o descarte.

A publicação gerou repercussão negativa entre os alunos da Escola Estadual Pref. Quinzinho Camargo. Nas redes sociais, um grupo de estudantes hostilizou a forma generalizada como o assessor divulgou o assunto. Logo em seguida, os alunos coletaram todo o material dispensado nas vias.

Vários sacos de lixo foram reunidos, filmados e postados para divulgar que “nem todos os alunos são vândalos”. Um dos estudantes que participou da coleta diz na filmagem que o assessor deveria se atentar para as coisas boas que ocorrem no bairro, a começar pelo recém realizado Miss Quinzinho. Este evento, segundo os estudantes, não foi divulgado pelo assessor.

A diretora da Quinzinho Camargo, Vila Zili, procurou a rádio Eduvale FM para reforçar a indignação dos alunos e também para dizer que a escola aguarda uma retratação pública por parte de Marcos Fernandes. Segundo ela, a grande maioria dos alunos da Vila Tibiriçá é formada segundo os princípios da cidadania.

Zili ainda disse que, numa das fotos divulgadas pelo assessor, um grande volume de lixo verde aparece na calçada. Segundo a diretora, o problema passou desapercebido por Fernandes, que também poderia ter opinado sobre a situação e cobrado alguma providência do setor competente da prefeitura.

Procurado para comentar o assunto, o assessor preferiu não se manifestar.

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