quarta-feira, 23 de março de 2016

João José espera ‘julgamento legal’ de representação contra prefeito

Vereador afirma que defesa de Jair César Damato já está redigida

O porta-voz do Executivo na Câmara Municipal, João Fernando José (PMDB), fez uso da tribuna da sessão de ontem, 22, para afirmar que é “óbvio” o arquivamento da denúncia que pede a cassação do mandato do prefeito Jair César Damato (PMDB). Segundo ele, o desfecho do caso depende, no entanto, de um “julgamento legal” por parte dos vereadores.

João Fernando José, porta-voz do Executivo na Câmara (FOTO: Expresso Piraju)

De acordo com o porta-voz, a defesa do Executivo já está pronta para ser enviada à comissão processante criada na semana passada para apurar a representação. Na última sexta-feira, 18, o prefeito foi notificado pela comissão. Ele tem até o dia 30 desse mês para prestar esclarecimentos aos vereadores.

Assinada pelo funcionário público aposentado e ex-diretor do Departamento de Obras e Serviços Públicos (DEOSP), Motaury Iaralham, a denúncia alega que Damato descumpriu a Constituição Federal, uma vez que deixou de conceder a reposição salarial de 11,7% ao funcionalismo, conforme dispõe o artigo 37 da Carta Magna.

A CP é composta pelos vereadores José Eduardo Pozza (PTB), Luciano Louzada (PMDB) e José Carlos Brandini (PMDB). Segundo o regimento da Casa, a comissão tem 120 dias para concluir os trabalhos.

RESPONSABILIDADE FISCAL

Em entrevista à imprensa, Damato disse que, no momento, o orçamento da prefeitura não permite a reposição salarial. De acordo com ele, embora a CF determine a correção anual, a Lei de Responsabilidade Fiscal impede que a prefeitura eleve o gasto com pessoal quando o índice estiver acima do limite prudencial de 51,3%. Atualmente, as despesas são da ordem de 52,42%. Nos próximos dias, Damato irá apresentar algumas “alternativas” aos mais de mil servidores públicos.

GREVE

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Piraju deve se reunir hoje com os funcionários para discutir a situação. A entidade não descarta a possibilidade de paralisação, desde que haja concordância da maioria dos servidores. A reunião está programada para ocorrer na Praça Benedito Silveira Camargo (Brasilinha), a partir das 17h. 

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