sexta-feira, 8 de abril de 2016

Sindicato entra em estado de negociação com a prefeitura

Administração demonstra interesse em conceder a reposição salarial

Cerca de 200 servidores da prefeitura se reuniram no final da tarde de ontem, 7, na Praça Benedito Silveira Camargo (Brasilinha) para deliberar sobre a greve do funcionalismo. A assembleia foi organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

No ofício enviado ao sindicato, o prefeito Jair não dá detalhes de como pretende
conceder a reposição salarial (FOTO: Arquivo Expresso Piraju)

A entidade convocou os servidores em razão das frustradas tentativas de negociação com a prefeitura por conta da reposição salarial desse ano. Ao todo, três ofícios foram endereçados ao prefeito Jair César Damato (PMDB). De acordo com o presidente do sindicato, Silvano de Matos Pereira, nenhum dos documentos foi respondido pelo Executivo.

Em entrevista à imprensa, Pereira disse que ficou insatisfeito com a assembleia. Ele teceu algumas hipóteses para a ausência expressiva de funcionários. “Eu não sei se alguns ficaram com medo por estar em estado probatório. Nós temos professores que fazem 30 horas, e que em cima disso não quiseram ir por medo”, afirma.

O número de participantes estava aquém da quantidade mínima para deflagrar a greve, que é de um terço dos 1.200 mil funcionários (ativos e inativos) que pertencem à prefeitura.

AOS 45 DO SEGUNDO TEMPO

Segundo Pereira, meia-hora antes da assembleia, o procurador jurídico do município, Marcos Tonon, protocolou um ofício na sede do sindicato. No documento, a administração responde os questionamentos levantados pela entidade ao longo dos últimos meses. Em razão disso, o sindicato foi obrigado a entrar em estado de negociação com a prefeitura.

No ofício, o prefeito garante que concederá a reposição até o dia 30 desse mês, data na qual a prefeitura fará o fechamento do primeiro quadrimestre do ano. Nessa mesma resposta, Damato não menciona se pretende fazer a correção integral, que é de 11,7%.

Agora, o sindicato agendará uma nova assembleia – provavelmente no dia 2 de maio – para discutir a proposta da prefeitura. De acordo com Pereira, a possibilidade de greve não está descartada.

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