domingo, 12 de junho de 2016

Câmara realiza sessão extraordinária para votar relatório

Caso versa sobre denúncia protocolada por funcionário aposentado

O relatório da comissão processante instaurada no dia 15 de março, após denúncia apresentada pelo servidor aposentado Motaury Iaralham, será votado em sessão extraordinária. A reunião está marcada para às 20h da próxima sexta-feira, 17.

Plenário da Câmara Municipal de Piraju (FOTO: ACCMETP)

A denúncia pede a cassação do mandato eletivo do prefeito Jair César Damato (PMDB) por descumprimento do artigo 37 da Constituição Federal, que determina correção anual do salário do funcionalismo. Até o momento, o Executivo não concedeu a reposição de 11,7% correspondente ao exercício de 2016.

Ao longo das investigações, a CP, composta pelos vereadores José Eduardo Pozza (presidente), Luciano Louzada (relator) e José Carlos Brandini (membro), analisou documentos e promoveu oitivas. Um dos depoentes foi o prefeito Damato, que atribuiu a falta de correção à queda drástica dos repasses governamentais.

Ele ainda disse que, se a reposição fosse feita, os caixas da prefeitura teriam uma despesa mensal de R$ 400 mil, fato que obrigaria o governo a fazer demissões, uma vez que não há orçamento para atender a norma constitucional.

O relatório da comissão poderá indicar o arquivamento da denúncia ou a cassação do prefeito. Outra possibilidade é a apresentação de relatório apartado caso algum membro da CP discorde do parecer do relator.

A sessão extraordinária abrirá espaço de duas horas para que a prefeitura apresente novamente seus argumentos.

SINDICATO

Em paralelo, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais protocolou no Ministério Público de São Paulo uma ação contestando a decisão do juiz da Comarca de Piraju, José Eugênio do Amaral Souza Neto, que, em sintonia com o Ministério Público, indeferiu o pedido de liminar pleiteado pela entidade. Conforme divulgado, o sindicato entrou na Justiça para solicitar a imediata reposição salarial do funcionalismo. A contestação ainda tramita no MP-SP. 

Nenhum comentário: