terça-feira, 12 de julho de 2016

Sindicância é aberta para apurar denúncia de funcionário público contra o CCZ

Comissão tem um mês para apresentar relatório sobre o caso

A prefeitura de Piraju abriu ontem, 11, sindicância administrativa para investigar denúncia apresentada por um funcionário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) à Associação Protetora dos Animais de Piraju (APRAPI).

A gata não resistiu e morreu dias depois de ter sido atendida por uma veterinária
particular (FOTO: Associação Protetora dos Animais de Piraju)

Segundo a denúncia, o agente Fábio Cabral Fernandes acusa o órgão de não ter oferecido atendimento adequado a uma gata. O animal foi recolhido pelo CCZ no dia 22 de junho, após a APRAPI ter sido acionada por uma moradora da Rua Major Mariano, Centro. De acordo com a entidade, a gata estava bastante debilitada.

Atendido por uma das veterinárias do CCZ, o animal permaneceu em observação na quarentena. No dia 24, Fábio percebeu que o estado de saúde da gata apresentou piora, embora o animal tivesse recebido atendimento horas antes.

Ainda de acordo com a denúncia, o agente resolveu, sem comunicar seus superiores, levar a gata para uma clínica particular, por entender que o CCZ não dispõe de “estrutura física e material para qualificar os atendimentos que são prestados diariamente”. Além disso, Fernandes levou em consideração o fato de as veterinárias já terem encerrado o expediente no órgão, e que qualquer solicitação fora do horário não seria acatada, uma vez que a prefeitura suspendeu o plantão do CCZ.

A veterinária que atendeu a gata constatou que o animal estava com “grave tetania [espasmo] por intoxicação, desidratação, anemia, espirros e diarreia líquida”. O laudo da clínica particular foi inserido na denúncia para comprovar os maus tratos. O animal não resistiu e faleceu dias depois.

Na semana seguinte, Fábio alega ter sido procurado por uma das veterinárias do CCZ, bem como pelo chefe do órgão. Segundo o agente, ambos criticaram a retirada da gata e alegaram que, por conta disso, o animal não poderia voltar para o CCZ, mesmo sabendo que o funcionário iria assumir todas as despesas do atendimento particular.

Indignado, o funcionário procurou a APRAPI para denunciar o órgão. Depois de colher o depoimento de Fábio, a entidade protocolou pedido de abertura de sindicância para apurar os fatos.

Segundo a portaria DEAD 26/2016, uma comissão foi instaurada para investigar a denúncia. Os membros da comissão têm 30 dias para apresentar relatório conclusivo sobre o caso. O prazo pode ser prorrogado por igual período.

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