Comissão tem um mês para apresentar
relatório sobre o caso
A prefeitura
de Piraju abriu ontem, 11, sindicância administrativa para investigar denúncia
apresentada por um funcionário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) à Associação
Protetora dos Animais de Piraju (APRAPI).
A gata não resistiu e morreu dias depois de ter sido atendida por uma veterinária particular (FOTO: Associação Protetora dos Animais de Piraju) |
Segundo a
denúncia, o agente Fábio Cabral Fernandes acusa o órgão de não ter oferecido
atendimento adequado a uma gata. O animal foi recolhido pelo CCZ no dia 22 de
junho, após a APRAPI ter sido acionada por uma moradora da Rua Major Mariano,
Centro. De acordo com a entidade, a gata estava bastante debilitada.
Atendido por
uma das veterinárias do CCZ, o animal permaneceu em observação na quarentena.
No dia 24, Fábio percebeu que o estado de saúde da gata apresentou piora,
embora o animal tivesse recebido atendimento horas antes.
Ainda de
acordo com a denúncia, o agente resolveu, sem comunicar seus superiores, levar a
gata para uma clínica particular, por entender que o CCZ não dispõe de “estrutura
física e material para qualificar os atendimentos que são prestados
diariamente”. Além disso, Fernandes levou em consideração o fato de as
veterinárias já terem encerrado o expediente no órgão, e que qualquer
solicitação fora do horário não seria acatada, uma vez que a prefeitura
suspendeu o plantão do CCZ.
A
veterinária que atendeu a gata constatou que o animal estava com “grave tetania
[espasmo] por intoxicação, desidratação, anemia, espirros e diarreia líquida”.
O laudo da clínica particular foi inserido na denúncia para comprovar os maus
tratos. O animal não resistiu e faleceu dias depois.
Na semana
seguinte, Fábio alega ter sido procurado por uma das veterinárias do CCZ, bem
como pelo chefe do órgão. Segundo o agente, ambos criticaram a retirada da gata
e alegaram que, por conta disso, o animal não poderia voltar para o CCZ, mesmo
sabendo que o funcionário iria assumir todas as despesas do atendimento
particular.
Indignado, o
funcionário procurou a APRAPI para denunciar o órgão. Depois de colher o
depoimento de Fábio, a entidade protocolou pedido de abertura de sindicância
para apurar os fatos.
Segundo a
portaria DEAD 26/2016, uma comissão foi instaurada para investigar a denúncia.
Os membros da comissão têm 30 dias para apresentar relatório conclusivo sobre o
caso. O prazo pode ser prorrogado por igual período.
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