sábado, 19 de novembro de 2016

Dívidas da gestão Damato vão além do INSS

Números começam a ser apresentados por representantes do governo

A administração do prefeito eleito José Maria Costa (PPS) deve herdar um passivo significativo da atual gestão. O assunto pautou a última reunião da equipe de transição. Na oportunidade, diretores de três departamentos prestaram esclarecimentos sobre a situação.

Sede da prefeitura de Piraju (FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju)

De acordo com o coordenador da equipe, Paulo Sara, a dívida com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) é superior aos R$ 3 milhões divulgados até então. Segundo ele, há ainda dois parcelamentos já abertos e a confirmação de que o recolhimento referente ao mês de outubro não será feito pela administração.

Com isso, a dívida deve chegar à casa dos R$ 6 milhões. Nos próximos dias, a prefeitura tentará um novo parcelamento com a Previdência Social. Se o acordo for feito, a futura gestão assumirá um parcelamento aproximado de R$ 100 mil por mês durante cinco anos. 

Na reunião, os diretores justificaram a situação. De acordo com eles, o recolhimento deixou de ser feito para que a prefeitura pudesse fazer a folha de pagamento dos funcionários, bem como honrar com o repasse de verba para o pronto-socorro. Outros compromissos foram discriminados pela assessoria do prefeito Jair César Damato (PMSB).

Ainda no encontro, os representantes do prefeito disseram que, até o final do ano, a dívida com fornecedores deve chegar, no máximo, a R$ 4 milhões.

FALTA DE VERBA

Em entrevista concedida a uma emissora de rádio, Damato afirmou que, em razão da “queda de repasse”, a prefeitura deixou de cumprir com seus compromissos, uma vez que as verbas que estavam previstas no orçamento não foram enviadas ao município. Uma delas é oriunda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Segundo ele, R$ 8 milhões deixaram de entrar nos cofres da prefeitura em 2015.

De acordo com o prefeito, apesar do emprego de algumas medidas de contenção, as quais conseguiram reduzir o déficit do ano passado, o município continua sendo obrigado a escolher “prioridades”.

Além da renegociação que será discutida com o INSS, a prefeitura espera atenuar a situação com o REFIS 2016, programa destinado à regularização da arrecadação tributária. 

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