Números começam a ser apresentados
por representantes do governo
A
administração do prefeito eleito José Maria Costa (PPS) deve herdar um passivo
significativo da atual gestão. O assunto pautou a última reunião da equipe de
transição. Na oportunidade, diretores de três departamentos prestaram
esclarecimentos sobre a situação.
Sede da prefeitura de Piraju (FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju) |
De acordo
com o coordenador da equipe, Paulo Sara, a dívida com o INSS (Instituto
Nacional de Seguridade Social) é superior aos R$ 3 milhões divulgados até
então. Segundo ele, há ainda dois parcelamentos já abertos e a confirmação de
que o recolhimento referente ao mês de outubro não será feito pela
administração.
Com isso, a
dívida deve chegar à casa dos R$ 6 milhões. Nos próximos dias, a prefeitura
tentará um novo parcelamento com a Previdência Social. Se o acordo for feito, a
futura gestão assumirá um parcelamento aproximado de R$ 100 mil por mês durante
cinco anos.
Na reunião,
os diretores justificaram a situação. De acordo com eles, o recolhimento deixou
de ser feito para que a prefeitura pudesse fazer a folha de pagamento dos
funcionários, bem como honrar com o repasse de verba para o pronto-socorro.
Outros compromissos foram discriminados pela assessoria do prefeito Jair César Damato
(PMSB).
Ainda no
encontro, os representantes do prefeito disseram que, até o final do ano, a
dívida com fornecedores deve chegar, no máximo, a R$ 4 milhões.
FALTA DE VERBA
Em
entrevista concedida a uma emissora de rádio, Damato afirmou que, em razão da
“queda de repasse”, a prefeitura deixou de cumprir com seus compromissos, uma
vez que as verbas que estavam previstas no orçamento não foram enviadas ao
município. Uma delas é oriunda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
Segundo ele, R$ 8 milhões deixaram de entrar nos cofres da prefeitura em 2015.
De acordo
com o prefeito, apesar do emprego de algumas medidas de contenção, as quais
conseguiram reduzir o déficit do ano passado, o município continua sendo
obrigado a escolher “prioridades”.
Além da
renegociação que será discutida com o INSS, a prefeitura espera atenuar a
situação com o REFIS 2016, programa destinado à regularização da arrecadação
tributária.
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