domingo, 11 de dezembro de 2016

Decisão favorece instalação de usina no Paranapanema

Justiça entende que município não pode legislar sobre o rio

O jornal Folha de Piraju noticiou, em sua última edição, que o STF (Supremo Tribunal Federal) negou recurso da prefeitura de Piraju contra a decisão que considerou inconstitucionais as leis municipais que preservam o último trecho de corredeira natural do Rio Paranapanema.


Defensores do rio prometem ofensiva (FOTO: Chega de Usina)

Desde julho de 2014, o município enfrenta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) movida pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo.

De acordo com o semanário, as leis “devem perder seu efeito já que não há mais recursos que possam modificar a sentença e, os que, porventura, ainda existirem, são apenas protelatórios”.

“Em todas as instâncias, o entendimento da Justiça era no sentido de que o município não pode legislar sobre matéria de competência exclusiva da União e do Estado, uma vez que o Rio Paranapanema é considerado federal”, informa o jornal.

O jornal Observador também divulgou o assunto. Segundo o periódico, a decisão da Suprema Corte é favorável aos interesses da EC Brasil, empresa que, no passado, ofereceu um parque aquático de R$ 9 milhões como contrapartida para construção de uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) no município. Na oportunidade, a proposta foi rejeitada.  

“A negativa do STF abre precedentes para que os barrageiros voltem a assediar o ‘Panema Vivo’, porém há um longo caminho até que esse assédio se torne uma ameaça real”, diz o jornal.

Nas redes sociais, alguns ambientalistas prometeram “guerra” caso mais uma usina hidrelétrica seja construída nos limites do município. 

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