terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Cassanho afirma que ficou ‘chateado’ com determinação do partido

Ele relata que o assunto poderia ter sido tratado de outra forma

Os vereadores Antonio Carlos Correa e Aparecido Donizete Cassanho, ambos do PMDB, foram procurados pela rádio Eduvale FM para comentar a determinação publicada pelo presidente do partido, João Fernando José.

Aparecido Donizete Cassanho (FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju)

Conforme divulgado, o comunicado exige que, em “deliberações complexas”, os parlamentares emitam seus votos de acordo com orientação da Comissão Executiva Municipal, sob pena de expulsão e imediata desfiliação do partido.

A determinação cita a votação ocorrida no dia 6 desse mês, quando Cassanho não acompanhou o posicionamento do seu colega de Casa na sessão extraordinária que apreciou dois projetos de autoria do prefeito José Maria Costa (PPS).

Aprovadas por maioria de votos, as matérias dispunham sobre mudanças na estrutura administrativa e no quadro de pessoal da prefeitura. As proposituras repercutiram na sociedade, principalmente porque acabaram com a necessidade de ensino superior para ocupação da maioria dos cargos comissionados.

Em sintonia com a Comissão Executiva, Correa não concordou com os projetos por entender que as alterações representam um “retrocesso qualitativo” e rumam em direção contrária a uma recomendação expedida pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Antonio Carlos Correa (FOTO: DR/EP)
Questionado sobre a determinação do partido, Correa disse que ingressou no partido ciente das normas que regem o comportamento dos filiados, principalmente quando estes ocupam cargos eletivos. “No caso, o presidente decidiu aclarar essa exigência de um posicionamento dos seus parlamentares no sentido de que os assuntos mais importantes e polêmicos devem ser tratados primeiramente dentro do partido e depois dentro da Casa através de seus representantes”, conta.

Já o vereador Cassanho demonstrou uma grande insatisfação com a ordem assinada por João Fernando José. “Eu acredito que ele deveria chamar a gente pra conversar e trocar ideia. Eu não fui eleito para bater no Executivo. Esse comunicado foi uma surpresa e me deixou chateado”, afirma.

O parlamentar fez questão de dizer que os projetos beneficiaram a população, pois permitiram que a atual pudesse iniciar seus trabalhos. Ele pretende conversar com o presidente para esclarecer o assunto.

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