Empresa afirma que não encontrou ‘gente
qualificada’ na cidade
O vereador
Érico José Tavares (PSC) recebeu resposta da Sousa Araújo, construtora responsável
pelo futuro Conjunto Osvaldo Dearo Castilho, obra financiada pela CDHU
(Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano). Assinado pelo diretor da
empresa, Jucieudo Araújo de Sousa, o ofício foi lido na sessão ordinária de
ontem, 4.
Érico Tavares durante discurso na Câmara Municipal (FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju) |
No dia 17 do
mês passado, o parlamentar questionou a prefeitura sobre o cumprimento da lei
municipal nº 2.961/2006, que obriga as empresas contratadas, direta ou
indiretamente, pela administração a utilizarem, no mínimo, 60% de mão de obra
local.
O
requerimento apresentado por Tavares solicita esclarecimentos a respeito de
todos os contratos existentes na prefeitura. Contudo, a administração se
limitou a prestar informações sobre a empresa responsável pelo conjunto
habitacional.
Na resposta,
Cury menciona que o contrato celebrado com a Sousa Araújo estabelece a
obrigatoriedade da utilização de mão de obra do município, conforme determina a
lei. A manifestação da construtora acompanha o ofício do departamento.
Nela, o
empresário alega que, em razão de “determinadas particularidades” da obra, a
contratação de moradores de Piraju é inviável. Por outro lado, informa Sousa, para
certos serviços, como terraplanagem, estão sendo contratados funcionários
locais.
“No início
da obra também contratamos vigilantes [...], mas, com pouco tempo, os mesmos
solicitaram dispensa dos serviços. Posteriormente fizemos várias entrevistas para
uma nova contratação, mas não conseguimos pessoal qualificado para este e
demais serviços. Sendo assim, estamos dispostos a contratar pessoal da cidade
de Piraju, mas para isso temos que conseguir gente qualificada [...], o que não
conseguimos até o momento”, diz Sousa.
Indignado
com a resposta, Tavares disse que encaminhará o caso ao Ministério Público e
Ministério do Trabalho. “Se existe a lei, ela tem que ser cumprida. Eu vou
pedir a rescisão do contrato por quebra de contrato. Aqui não tem bobo na Casa
de Leis. Eu não engoli essa resposta”, afirma.
Segundo ele,
as alegações da empresa não têm procedência, uma vez que o município dispõe de
profissionais qualificados para trabalhar na obra.
Confira um trecho do discurso do vereador
Confira um trecho do discurso do vereador
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