quarta-feira, 5 de julho de 2017

Resposta de construtora desagrada vereador

Empresa afirma que não encontrou ‘gente qualificada’ na cidade

O vereador Érico José Tavares (PSC) recebeu resposta da Sousa Araújo, construtora responsável pelo futuro Conjunto Osvaldo Dearo Castilho, obra financiada pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano). Assinado pelo diretor da empresa, Jucieudo Araújo de Sousa, o ofício foi lido na sessão ordinária de ontem, 4.


Érico Tavares durante discurso na Câmara Municipal
(FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju)

No dia 17 do mês passado, o parlamentar questionou a prefeitura sobre o cumprimento da lei municipal nº 2.961/2006, que obriga as empresas contratadas, direta ou indiretamente, pela administração a utilizarem, no mínimo, 60% de mão de obra local.

O requerimento apresentado por Tavares solicita esclarecimentos a respeito de todos os contratos existentes na prefeitura. Contudo, a administração se limitou a prestar informações sobre a empresa responsável pelo conjunto habitacional.

Na resposta, Cury menciona que o contrato celebrado com a Sousa Araújo estabelece a obrigatoriedade da utilização de mão de obra do município, conforme determina a lei. A manifestação da construtora acompanha o ofício do departamento.

Nela, o empresário alega que, em razão de “determinadas particularidades” da obra, a contratação de moradores de Piraju é inviável. Por outro lado, informa Sousa, para certos serviços, como terraplanagem, estão sendo contratados funcionários locais.

“No início da obra também contratamos vigilantes [...], mas, com pouco tempo, os mesmos solicitaram dispensa dos serviços. Posteriormente fizemos várias entrevistas para uma nova contratação, mas não conseguimos pessoal qualificado para este e demais serviços. Sendo assim, estamos dispostos a contratar pessoal da cidade de Piraju, mas para isso temos que conseguir gente qualificada [...], o que não conseguimos até o momento”, diz Sousa.

Indignado com a resposta, Tavares disse que encaminhará o caso ao Ministério Público e Ministério do Trabalho. “Se existe a lei, ela tem que ser cumprida. Eu vou pedir a rescisão do contrato por quebra de contrato. Aqui não tem bobo na Casa de Leis. Eu não engoli essa resposta”, afirma.

Segundo ele, as alegações da empresa não têm procedência, uma vez que o município dispõe de profissionais qualificados para trabalhar na obra. 

Confira um trecho do discurso do vereador

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