Segundo ela, organizadores não
promoveram nenhum tipo de fiscalização para evitar os abusos
Uma moradora do Conjunto Augusto Morini
concedeu entrevista à rádio Eduvale FM para relatar casos de abuso e maus
tratos durante a cavalgada da Festa do Café de Piraju (FECAPI), realizada entre
os dias 18 e 22 de outubro.
A denunciante, que pediu para não ter
seu nome divulgado, frequenta esse tipo de evento há mais de cinco anos. De
acordo com ela, “os animais foram muito judiados durante a cavalgada”.
Revoltada, a moradora afirma que os
animais foram penalizados antes, durante e depois do evento, sem que houvesse
nenhuma fiscalização por parte dos organizadores.
Segundo ela, os problemas começaram
logo na concentração, uma vez que a saída dos participantes demorou cerca de três
horas para ocorrer. Como se não bastasse o atraso, muitos cavaleiros chegaram ao
local com antecedência, fato que agravou ainda mais a situação dos animais.
“Se coloque no lugar do animal. Você
gostaria de ficar das 6h às 11h ‘traiado’, com cela e tudo mais, tomando chuva
e seu proprietário encostado no muro tomando cerveja?”, questiona. Ela afirma
que, na concentração, não havia sequer água para os animais.
Durante a cavalgada, a moradora
testemunhou cavalos agitados e estressados, e ainda cavaleiros usando espora e
outros objetos para “cutucar os animais”. De acordo com ela, os abusos foram praticados
por pessoas que estavam sob efeito de álcool.
Outro fator que, segundo a denunciante,
contribuiu para a agitação dos animais diz respeito à participação de veículos
com som alto durante o evento.
A moradora relatou que os animais
ficaram muito fatigados em razão do longo trajeto da cavalgada desse ano –
definido para não prejudicar o trânsito de veículos – e por pausas
desnecessárias, o que acabou atrasando a chegada dos participantes no Centro de
Exposições Pref. Cláudio Dardes.
Por fim, a denunciante constatou que,
ao final do evento, vários animais foram deixados amarrados e sem água,
enquanto os proprietários dirigiram-se até o recinto para “curtir a festa”. A
moradora acredita que a organização deveria ter exigido que os responsáveis
levassem seus animais embora. “Não é o primeiro ano que eu vejo a mesma cena”,
lamenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário