Prefeitura alega que regulação das
vagas compete à esfera estadual
A professora Isabel Cássia de Moares
vive dias de intensa preocupação por conta de seu irmão, João de Moares Filho,
64. O idoso, que reside há dois anos em Santos, voltará a morar no município de
Piraju.
João de Moares Filho (FOTO: Isabel Cássia de Moares/Arquivo pessoal) |
A mudança de endereço, porém, não é tão
simples. Para que possa sair do litoral paulista e viver com a irmã, João precisa
transferir seu tratamento de hemodiálise para alguma unidade hospitalar que
seja referência de Piraju. No momento, João mora com a filha, a qual está de
malas prontas para Caraguatuba.
Isabel alega que já fez de tudo para
conseguir a transferência. Segundo ela, as respostas sempre são as mesmas: não
há vaga. “A gente entende a dificuldade de quem já está na fila. Só que o caso
do meu irmão é de extrema urgência”, diz.
Há 30 anos, João foi vítima de assalto
quando trabalhava como policial civil. O crime ocorreu em São Paulo. O idoso
foi atingido por três disparos de arma de fogo. De acordo com Isabel, os tiros
deixaram sequelas no seu irmão. Até hoje ele enfrenta dificuldades para andar,
por exemplo.
Procurado para comentar o assunto, o
Departamento de Saúde informou que a regulação das vagas de hemodiálise é de
competência única e exclusiva do Estado, fato que impede qualquer interferência
por parte do município. A prefeitura disse que as vagas só são liberadas em
caso de falecimento ou transplante.
A administração orienta a família a
procurar o hospital onde o paciente faz tratamento a fim de que a unidade
solicite a transferência do idoso através do DRS (Departamento Regional de
Saúde), responsável pela regulação das vagas na região de Piraju.
Em paralelo, os familiares podem pedir
auxílio-moradia à área social do município de Santos até que a transferência
seja confirmada.
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