Na última quinta-feira, 21, a
Vigilância Sanitária fiscalizou o canil mantido pela prefeitura na Floresta
Municipal das Corredeiras Clóvis Deléo, antigo Parque Municipal do Dourado.
FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju |
Segundo o relatório de inspeção, assinado
pela chefe do órgão, Danusa Bataglia, oito animais foram encontrados no local
abrigados em “construções de alvenaria totalmente inadequadas, em péssimo
estado de conservação”. De acordo com a vigilância, a situação encontrada “não
permite a realização de higienização adequada”.
O órgão constatou que o fornecimento de
ração e feito pela prefeitura e que a limpeza é realizada pelo chefe do CCZ
(Centro de Controle de Zoonoses), Marcelo Vieira. “Não fomos informados se os
animais passaram por avaliação de médico veterinário ou se são portadores de
alguma doença”, informa o relatório.
A vigilância também verificou que “não
existe nenhum registro escrito para controle do número de animais ali
existentes, bem como realização de qualquer procedimento (vacinação, castração
e vermifugação)”.
De acordo com Danusa, a proibida a
permanência dos animais na floresta, uma vez que o local é área de preservação
e de visitação turística.
A vigilância determinou a transferência
dos cachorros para um local adequado. Em resposta, a administração garantiu que
os animais serão abrigados no CCZ no prazo de cinco dias.
DENÚNCIA
O caso foi denunciado ao órgão no dia
20 desse mês. Em menos de 24 horas, a vigilância foi até o local e constatou as
informações apresentadas por um munícipe ligado à causa animal e apuradas pela
reportagem.
Conforme divulgado, os cachorros estão
abrigados em dois pontos do parque, ambos com nenhuma estrutura para garantir o
mínimo de dignidade aos animais. Os espaços não contam sequer com limpeza. Prova
disso é o bolor encontrado no interior das baias.
Vários animais foram vistos pisando nos
próprios dejetos e comendo ração espalhada no piso das baias. A alimentação
ainda é disputada por ratos que transitam diariamente pelo abrigo.
Durante a permanência da reportagem na
floresta, nenhum funcionário público foi visto no local.
Segundo uma denúncia anônima
encaminhada à página na última segunda-feira, 19, os primeiros animais foram
confinados no local em 2017, logo no início da administração do prefeito José
Maria Costa (PPS).
Embora a atitude da prefeitura tenha
iniciado antes da FMC ter sido criada, as diretrizes da unidade nunca
permitiram a existência de canil no local. Além disso, as instalações
improvisadas pela prefeitura são ilegais à luz do Código Sanitário do Estado de
São Paulo.
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