sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Moradora diz que atendimento do CCZ é ‘péssimo’

Ela precisou ir até o posto de saúde do bairro para solicitar a intervenção do órgão

Diego dos Reis

A dona de casa Jaqueline Aparecida de Paula, residente na Vila Nova América, alega ter enfrentando dificuldades para conseguir encaminhar o caso de um cachorro vítima de abandono ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).


Jaqueline Aparecida de Paula (FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju)

Segundo ela, o animal está desde o último domingo, 13, perambulando pela Rua Sebastião Vaz Pereira (vídeo abaixo). Além de estar exposto a todo tipo de adversidade, o cachorro passou a se alimentar do lixo descartado pelos moradores.

Preocupada com a situação, Jaqueline ligou anteontem para o telefone particular do chefe do CCZ, Marcelo Vieira. O responsável pelo órgão pediu para a moradora entrar em contato no celular do CCZ.

Ontem, Jaqueline ligou para o número e foi orientada a levar o animal até o órgão ou registrar a queixa no posto de saúde do bairro (no caso, o ESF São Pedro). A cidadã preferiu recorrer à unidade, já que não possui veículo. Esta, por sua vez, enviou e-mail ao CCZ na tarde de ontem.

Às 9h30 de hoje, a APRAPI (Associação Protetora dos Animais de Piraju) visitou o bairro e constatou que nenhuma providência tinha sido tomada pelo CCZ. Para agravar a situação, a entidade foi informada que, no último domingo, o animal fora atropelado por um automóvel.

De acordo com moradores, o acidente lesionou uma das patas do animal, que passou a andar com dificuldade logo após o atropelamento.


Cachorro foi abandonado no bairro no último domingo (FOTO: Diego dos Reis/EP)

De imediato, a associação ligou para o CCZ a fim de reforçar a necessidade de o órgão prestar assistência ao animal. Em resposta, o atendente confirmou o recebimento do e-mail do posto de saúde e disse que, até aquele momento, aguardava “autorização da veterinária” para dar sequência ao atendimento.

O recolhimento do cachorro ocorreu por volta das 14h30 após a moradora relatar o caso à ouvidoria do Departamento de Saúde.

Questionada sobre tudo o que aconteceu, Jaqueline classificou como “péssimo” o atendimento prestado pelo CCZ. Para ela, casos como esse deveriam ser resolvidos de forma imediata, sem necessidade de tanta burocracia. “A gente não tinha que mandar e-mail. Até a gente mandar e chegar o e-mail, o que acontece com o animal no meio da rua?”, questiona.

Um comentário:

Walter disse...

É inegável que o CCZ não cumpre seu papel de forma minimamente razoável, mas por que o ministério público não faz nada?