Diego dos
Reis
Em audiência ocorrida no dia 24 de
janeiro na Câmara Municipal, o prefeito José Maria Costa (PPS) deu 30 dias para
a Sabesp resolver o problema das contas de água que apresentaram valores muito
acima da média de consumo logo após a troca dos hidrômetros.
No dia 24 de janeiro, a Câmara Municipal sediou audiência pública com representantes da Sabesp; encontro contou com a presença do Ministério Público (FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso) |
A declaração foi feita diante de
representantes da concessionária, que, a convite dos vereadores, foram até a
Casa de Leis para fornecer explicações sobre o ocorrido.
Taxativo, o prefeito disse que se a
Sabesp não apresentasse uma solução para o problema no período de um mês, o
município iria rescindir o recém renovado contrato com a autarquia.
No dia seguinte, a autarquia destinou
sua agência móvel para receber queixas dos consumidores em diversos pontos da
cidade. O trabalho se estendeu até o dia 1º desse mês. As reclamações também
foram acolhidas em outros canais oferecidos pela concessionária.
Na última sexta-feira, 22, o
superintendente da Sabesp de Itapetininga, Ivan Sobral de Oliveira, entregou pessoalmente
o relatório do atendimento ao prefeito José Maria Costa. Segundo o documento, 329
clientes foram atendidos.
“Todos os clientes que procuraram a
Sabesp no período tiveram as contas suspensas da cobrança e foram objeto de
análise individual, incluindo visita para exame predial nos imóveis”, informa o
balanço.
Segundo a
concessionária, pouco mais da metade (51%) dos consumidores não teve seus
hidrômetros substituídos entre os meses de outubro e dezembro do ano passado.
De acordo
com o relatório, 29 clientes (9%) apresentaram alteração de consumo. Outros 95
(29%) registraram consumo compatível com o histórico anterior. Um outro
contingente de clientes (45 ao todo ou 14%) contabilizou consumo compatível com
o número de moradores, que é de até 5,4 m³ de água por mês.
A Sabesp constatou
“alta de consumo isolada” em 25 casos (7%). A situação, segundo a autarquia,
foi normalizada no mês seguinte. Já outros 22 clientes (7%) estão com as contas
sob análise. Nesse caso, o consumo continuará sendo monitorado.
Também
aparecem no relatório situações em que 11 consumidores (3%) hospedaram visitas,
8 (2%) declararam ter enchido a piscina, 6 (2%) apresentaram hidrômetros
avariados, 6 (2%) relataram ser “moradores novos com outros hábitos de consumo”
e 2 (1%) tiveram o valor de suas contas prejudicado em função de “erros de
leitura”.
De acordo
com o diretor do Departamento Administrativo, Paulo Sara, a prefeitura irá
analisar os dados apresentados pela Sabesp e depois se posicionará sobre a
manutenção do contrato com a concessionária.
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