terça-feira, 30 de abril de 2019

Padre diz que furtou perfume para ser preso


Ele alega ter sido invadido por pensamentos suicidas e persecutórios

No dia 23 desse mês, o padre Wellington Moreira, responsável pela Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Piraju, foi flagrado furtando um perfume numa loja de roupas. A ação foi registrada pelo circuito de monitoramento da empresa.

Câmera mostra a sequência do furto (IMAGEM: WhatsApp)

As imagens chegaram ao conhecimento da reportagem somente nesta terça-feira. O vídeo mostra inicialmente o sacerdote apoiado no balcão do estabelecimento. Nesse momento, a vendedora, que está na frente dele, sai do local para atender uma mulher que está próximo à entrada da loja.

Rapidamente, Wellington olha para a câmera, observa a vendedora e pega o perfume que está em cima do balcão. Ele analisa a embalagem e coloca o produto no lugar.

Na sequência, o padre olha pra atrás, pega novamente o perfume e coloca o produto dentro da bermuda. O vídeo mostra a vendedora retornando ao balcão sem desconfiar da atitude de Wellington.

Depois de pegar o perfume, Wellington foi até sua casa. Na sequência, a proprietária da loja procurou o pai do sacerdote para relatar o ocorrido. O padre entregou o perfume e o valor correspondente ao produto: R$ 120,00. O caso não foi registrado na Polícia Civil.

Assim que recebeu o vídeo, a reportagem procurou o sacerdote. Wellington aceitou gravar entrevista para esclarecer o caso.

O padre disse que praticou a ação porque, assim que entrou na loja, foi tomado de pensamentos suicidas. “Eu pensei que, uma vez preso, não vão deixar me matar e deixar ninguém chegar perto de mim”, conta.

“Não foi um furto porque não tive a intenção de prejudicar a vítima e também não tive a intenção de tirar proveito disso. Eu tenho um monte de perfume. Não preciso disso. Parece que, se eu saísse dali, eu ia me matar ou alguém ia me matar.”

Aos 33 anos, Wellington sofre de depressão e síndrome do pânico. No momento, o padre não está consumindo antidepressivos por conta de uma decisão própria, motivada pelo entendimento de que o remédio poderia comprometer uma cirurgia que ele fará para retirada de nódulos no fígado.

O sacerdote disse que, logo após se afastar desses medicamentos, passou a ser perseguido pela ideia de se matar ou de ser morto por alguém.  

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois do Lula, essa foi a maior mentira que eu já ouvi na minha vida, "roubei pra ser preso", kkkkkkkkkkkkkk... Se fosse um pobre coitado, aí sim teria sido preso...

Anônimo disse...

Esse é o papo que todo ladrão usa pra empurrar o problema de volta prá sociedade!