Antonio Correia de Araújo, 50, procurou
a rádio Eduvale FM para denunciar a Viação Riopardense. Segundo ele, a
ex-concessionária do transporte circular nunca se importou com a falta de
segurança dos ônibus.
Antonio Correia de Araújo: à espera dos seus direitos (FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju) |
De fevereiro a março, Araújo trabalhou
na garagem da empresa, onde fazia a limpeza dos coletivos e acompanhava de
perto a manutenção dos veículos que faziam o transporte de passageiros.
“Eu sabia tudo o que acontecia, como
carro sem freio, sem pneu, problemas na direção, pneu careca. A empresa sabia
desses problemas, só que ninguém ligava”, afirma.
Araújo disse que, em mais de
oportunidade, alertou a empresa sobre os riscos. Os avisos, porém, eram
desconsiderados pela Viação Riopardense. “Era pra rodar de qualquer jeito. Eu
era apenas um empregado. Não podia fazer nada”, relata.
Outra revelação apresentada pelo
ex-funcionário diz respeito a um grupo de aproximadamente 10 pessoas que está
até hoje aguardando a regularização de seus vencimentos. Araújo, por exemplo,
está sem receber parte do salário correspondente ao último mês em que trabalhou
na empresa.
De acordo com ele, a Viação Riopardense
não mantém contato e também não é encontrada para prestar esclarecimentos sobre
a situação. Para agravar o quadro, o ex-funcionário disse à emissora que a
ex-concessionária nunca registrou seus funcionários.
A reportagem procurou o responsável
pela empresa, Samuel Silva Santos, para comentar as denúncias, porém ele não
foi encontrado.
Viação Riopardense assumiu o serviço após Viação Piraju desistir da concessão (FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju) |
A Viação
Riopardense esteve à frente do transporte circular em Piraju de agosto de 2017
a março desse ano. O contrato foi rescindido pela prefeitura após uma série de
problemas apresentados durante a prestação do serviço.
A situação
ensejou na abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara
Municipal a pedido do vereador Érico José Tavares (PSC). A comissão tem até
maio para apresentar relatório sobre o caso.
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