sábado, 11 de maio de 2019

Hospital de Piraju ainda não se pronunciou sobre morte de esteticista

Família da paciente acusa entidade de não ter detectado quadro de apendicite

Ontem, 10, o falecimento da esteticista Carla Cristina Fonseca, 30, completou 15 dias. A profissional morreu de apendicite dez dias após procurar o pronto-socorro de Piraju por conta de fortes dores na barriga.

Sociedade de Beneficência de Piraju (FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju)

Apesar da repercussão do caso, até o momento, a Sociedade de Beneficência de Piraju, responsável pela administração da unidade de emergência, não se manifestou em relação ao óbito da paciente.

Procurado para comentar o assunto, o presidente do hospital, Sergio da Fonte Sanches, disse que a morte ainda está sendo apurada pela entidade. Mesmo assim, o responsável se comprometeu a atender a reportagem na próxima segunda-feira para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Conforme divulgado, Carla recorreu ao PS de Piraju no dia 15 do mês passado. No dia 25, a paciente morreu 48 horas após passar por um procedimento cirúrgico em Avaré.

Durante esse período de dez dias, a família da profissional se desdobrou ao máximo para ter acesso ao diagnóstico da enfermidade, recorrendo inclusive a uma clínica particular.

Carla Cristina Fonseca, 30 (FOTO: Facebook/Arquivo pessoal)

A apendicite só foi descoberta na Santa Casa de Avaré. O quadro da paciente, porém, já estava grave. Mesmo sendo submetida a uma cirurgia de emergência, Carla precisou ser induzida ao coma, uma vez que a inflação podia comprometer outros órgãos. A profissional, infelizmente, não resistiu.

A família de Carla acusa a SBP de ter sido negligente em relação ao caso. No entendimento dos familiares, a equipe médica falhou ao não ter detectado a infecção logo que a paciente procurou a unidade de emergência.

Duas providências foram tomadas por familiares e amigos logo que a esteticista morreu. A primeira ensejou num manifesto público sobre as “condições de tratamento e diagnóstico do hospital”. A segunda resultou num abaixo-assinado para que a Câmara Municipal de Piraju instaure uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o caso.

Também não estão descartas denúncias ao Ministério Público e no Conselho Regional de Medicina.

Nenhum comentário: