domingo, 21 de julho de 2019

Falta de médico fixo persiste em unidades de saúde

Cumprimento de 40 horas por semana tem sido entrave para solução do problema

As UBSs Farid Abraão José Pedro e Sebastião Ferreira dos Reis continuam sem médico permanente. Conforme já divulgado, as unidades estão sendo assistidas por profissionais de outros postos em dias determinados.

Comunicados sobre falta de médico passaram a fazer parte da rotina dos pacientes
(FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju) 

Considerando todas as tentativas feitas até agora para regularizar o quadro de profissionais, a situação parece estar longe de ser sanada. Num período de quatro meses, por exemplo, a Sociedade de Beneficência de Piraju consultou mais de 20 profissionais.

Segundo a diretora do Departamento de Saúde, Luciana Bragança dos Santos, a dificuldade reside na exigência do cumprimento de 40 horas semanais em cada unidade. A pasta chegou a anunciar que a contratação passaria a ser por 20 horas por semana, porém precisou voltar a atrás porque a portaria que regia o assunto deixou de vigorar.

Na última segunda-feira, a titular da pasta falou sobre a questão no Jornal Regional, da rádio Eduvale FM. De acordo com ela, o Ministério da Saúde entende que a situação conflita com os princípios do programa. “O médico tem que criar vínculo com a comunidade, e isso é o histórico do Estratégia Saúde da Família”, diz.

Luciana disse que procurou o Departamento de Relações Institucionais para redigir um ofício ao Ministério Público comunicando os entraves para regularizar o quadro de médicos. Ela informou que o mesmo seria feito em relação ao Ministério da Saúde.

Em paralelo, a prefeitura e a SBP estudam outras medidas para superar o desfalque. Uma delas consiste na oferta de um salário mais atrativo para a classe médica. Hoje, para cumprir 40 horas semanais, o profissional ganha mais de R$ 14 mil por mês.

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