Demissão de médico está nas mãos da prefeitura

SBP já fez o pedido de desligamento do profissional da rede pública

Os dias do médico Edison Nakada Hwang na rede pública de Piraju estão contados. Desde que foi contratado, há menos de dois meses, o profissional tem sido alvo de inúmeras acusações.

ESF São Pedro
FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju

As denúncias versam sobre a forma como Hwang se relaciona com os pacientes. Num dos casos, relatado pelo prefeito José Maria Costa (DEM) a uma emissora de rádio, o médico fez uso de “palavras de baixo calão” a uma pessoa que procurou atendimento no ESF Eldorado, unidade na qual o profissional atualmente presta serviço após ser remanejado da UBS Teto.

Na Câmara Municipal, vereadores apresentaram outros casos comprometedores envolvendo Hwang. As denúncias vieram à tona durante discussão de um requerimento do vereador Reginaldo Rodrigues (PSC), porta-voz do Executivo na Casa.

Além disso, a ouvidoria do Departamento Municipal de Saúde teria recebido pelo menos duas denúncias contra o profissional.

A contratação de Hwang e de um outro médico foi divulgada pela prefeitura
no final de agosto; na postagem (imagem acima), a administração diz
que a chegada dos profissionais "é fruto de gestão que envolve busca,
negociação e muito trabalho"
IMAGEM: Reprodução/Facebook 

Numa rápida passagem pelo ESF São Pedro, há cerca de duas semanas, a reportagem do Expresso Piraju conversou com uma paciente que estava aguardando atendimento. Ela disse que já fora chamada de “gorda” pelo médico. A munícipe ainda relatou que, no mesmo dia, sua mãe também fora ofendida. Hwang disse, segundo a paciente, que a mulher estava “estragada”.

No dia 9 desse mês, em entrevista à rádio Eduvale FM, o diretor-presidente da Sociedade de Beneficência de Piraju, Sergio da Fonte Sanches, informou que, embora soube dos fatos relacionados ao profissional, iria reunir todas as denúncias antes de tomar uma decisão sobre o caso.

Ontem, Sanches disse à emissora que já encaminhou o pedido de demissão do profissional à prefeitura. De acordo com a administração, a rescisão contratual é superior a R$ 20 mil.

À época, quando o caso repercutiu na Câmara Municipal, a reportagem procurou Hwang, porém o médico não quis se manifestar. Ele sequer quis atender o Expresso Piraju.