sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

‘Engana-se quem acha que o funcionário está 100% contente’, afirma Tavares

Vereador cita até corte no fornecimento de pão com margarina aos servidores

Na tribuna da Câmara Municipal, o vereador Érico José Tavares (PSC) teceu duras críticas à prefeitura por conta da desvalorização do funcionalismo público. As declarações foram feitas na última segunda-feira, 13.

Erico José Tavares
FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju

Nesse dia, os vereadores se reuniram em sessão extraordinária para votar a reposição salarial aos servidores municipais e aos funcionários do Legislativo. Os projetos foram aprovados por unanimidade de votos.

Além da correção de 3,53%, correspondente ao período de dezembro de 2018 a novembro de 2019, conforme estabelecido pelo IPC-FIPE, a Casa aprovou 1,02% a título de reposição das perdas salariais de 2016.

Tavares colocou em xeque a assessoria do prefeito José Maria Costa (DEM), que, segundo ele, deixou de estender a base de cálculo da correção até dezembro do ano passado.

Se o índice fosse aplicado pela prefeitura, a reposição seria de 4,31%. “Os funcionários estão sendo prejudicados. Engana-se quem acha que o funcionário está 100% contente”, diz.

Ainda na tribuna, Tavares lembrou que, há cerca de dois anos, propôs a elaboração do plano de carreira do funcionalismo. De acordo com ele, o assunto sequer foi objeto de estudos preliminares por parte da administração.

O vereador citou um caso específico para ilustrar a desvalorização dos servidores. Segundo Tavares, o governo atual cortou o pão com margarina que era fornecido aos funcionários do Departamento de Serviços, Trânsito e Fiscalização, antigo Departamento de Obras e Serviços Públicos.

Por fim, o parlamentar reivindicou a elaboração de um novo projeto de lei prevendo a reposição extensiva até dezembro de 2019. O pedido foi endereçado ao porta-voz do Executivo na Casa, vereador Reginaldo Rodrigues (PSC).

No dia seguinte, a prefeitura publicou nota na qual afirma que a base de cálculo prevista no projeto já foi adotada em anos anteriores, sem qualquer tipo de manifestação ou contestação por parte da Câmara.

“Todos os anos a prefeitura utiliza esse período de 12 meses, excluindo dezembro na reposição aos servidores públicos e também no cálculo do valor de taxas e impostos que serão aplicados no município para ganhar tempo na fixação dos novos valores do Código Tributário”, esclarece.

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