A Polícia Civil
não tem dúvidas de que o tiro que atingiu o adolescente de 15 anos final da
matinê do carnaval em Piraju foi disparo por Lidiani Nogueira Margonato.
Delegado Alberto Bueno Correa Filho FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju |
Segundo o delegado
Alberto Bueno Correa Filho, a convicção da polícia está embasada em provas testemunhais
colhidas ao longo das investigações. “Todos os depoimentos estão em harmonia e
conduzem no sentido de houve um disparo da arma pelo autor, mas tudo indica que
o disparo que atingiu o adolescente tenha sido feito pela mulher”, diz.
Em depoimento
prestado à polícia na semana passada, Lidiane negou qualquer participação no
crime. O namorado dela, o agente penitenciário Alex José Margonato, assumiu a
autoria dos dois disparos que foram feitos no dia dos fatos.
“Ele trouxe para
si a responsabilidade, mas ele disse que não atirou contra o grupo de
adolescentes. Ele tentou efetuar um disparo para cima, que falhou. Daí ele fez
um disparo na horizontal. Existe um depoimento que confirma esse fato”, conta o
delegado.
De acordo o
delegado, o casal apresentou uma outra versão sobre o que aconteceu antes dos
disparos. “O casal disse que estava andando normalmente, sem briga, e comentado
que havia um cheiro de maconha ali, e os adolescentes teriam ‘vestido a
carapuça’. Eles teriam reagido mal com relação à ofensa que receberam”,
informa.
Para a polícia, a
hipótese de duas armas terem sido usadas no dia do crime está descartada. “A
arma do agente penitenciário estava guardada na bolsa da mulher, embora o
coldre estivesse na cintura dele. Pessoas viram a mulher tirando a arma da
bolsa e ele tentando tirar a arma da bolsa para colocar no coldre.”
O delegado
acredita que 30 dias não serão suficientes para concluir o inquérito, a começar
pela necessidade da reprodução simulada dos fatos, mais conhecida como
reconstituição do crime, cuja data ainda não está definida.
Em paralelo, a
polícia aguarda alguns documentos importantes. Um deles é o laudo do Instituto
de Criminalística (IC) de Avaré, que já recebeu a arma usada no dia do crime.
No final da noite
do dia 25 de fevereiro, Matheus Rodrigues estava com um grupo de amigos na
Praça Ataliba Leonel quando foi baleado no braço direito. O tiro transfixou o
braço e perfurou o tórax. Por decisão médica, a bala permanece alojada no corpo
do adolescente.
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