No último final de
semana, a reportagem visitou o loteamento Portal Ecológico Salto do
Paranapanema após um morador questionar as medidas de prevenção contra o
coronavírus que foram adotadas no local.
Na "Prainha", apenas o espaço onde estão os bancos sofreu interdição FOTO: Diego dos Reis/EP |
Segundo o advogado
César Mercuri, que mora no condomínio desde 2013, as ações foram tomadas depois
de o representante do loteamento receber um ofício do Comitê de Prevenção e Enfrentamento
ao Coronavírus. O documento é assinado por Paulo Sara.
No detalhe, a "Prainha", área muito frequentada por banhistas; acesso não foi fechado FOTO: Diego dos Reis/EP |
No ofício, o
comitê solicita o fechamento das áreas de lazer e medidas de orientação junto aos
moradores para que não haja eventos que possam gerar aglomeração de pessoas.
De acordo com Mercuri,
o pedido do comitê foi executado de forma seletiva. A academia ao ar livre, por
exemplo, utilizada principalmente por idosos, não foi interditada, assim como a
conhecida “Prainha” e apenas um dos acessos ao Rio Paranapanema – no caso, a
Alameda dos Jatobás.
“Não está havendo
critério. Ou é pra todo mundo ou não é pra ninguém”, afirma. Segundo ele, um
dos acessos que não sofreu interdição é justamente o endereço do signatário do
ofício enviado ao loteamento.
Academia ao ar livre também não sofreu nenhum tipo de interdição FOTO: Diego dos Reis/EP |
Moradora do
loteamento há 18 anos, a agente de serviço escolar Deuza Bacoccina também
entende que não houve critério na adoção das medidas. Ela e Mercuri moram na via
cujo acesso ao rio foi interditado. “Eu percebi que a gente está sofrendo uma
certa perseguição”.
A reportagem não
conseguiu contato com o representante do loteamento. Já o membro do comitê,
Paulo Sara, se limitou a dizer que irá pedir o fechamento da academia ao ar
livre. Ele estranhou o fato de a Alameda dos Jatobás ter sido interditada.
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